A direção da empresa de transporte coletivo urbano de Lages se reuniu com a imprensa, na manhã desta quarta-feira (20), para ter oportunidade de explicar detalhadamente as razões da majoração da tarifa, que passa a vigorar a partir de 1º de janeiro de 2018.
O preço médio ponderado autorizado pelo prefeito Antonio Ceron, foi de 9,21%. Assim, a tarifa embarcada ficou em R$ 3,80, e a antecipada pelo cartão, R$ 3,64.
Humberto Arantes explicou claramente as duas modalidades de aumento. Uma delas, a da revisão tarifária, e que chegou ao índice de 24,55%. Na outra modalidade, se resume apenas ao reajuste, levando em conta a inflação dos meios de transporte, decorrente dos insumos.
Insumos
Observe os principais insumos que sofreram pressiva majoração nos últimos 12 meses. O óleo diesel, por exemplo, teve alta de 17,63%. Já os pneus, 9,78%; peças e acessórios, 7%; e o preço dos ônibus, em 8,39%. Além disso, foi preciso considerar também a majoração dos salários, em 6,80% e da diminuição do volume de passageiros, em 4,88%, entre outros, como foi o caso do incremento da frota operante, de mais três carros, e da quilometragem rodada.
Quebradeira
No Brasil várias empresas do transporte urbano se sustentam através de subsídios das tarifas via governos municipais, se não quebrariam. Em Santa Catarina duas não resistiram este ano. Uma delas, de Blumenau.
Imprensa obteve todas as informações sobre as razões que levaram ao aumento
Em Lages, não há nenhuma espécie de subsídio. Há em estudo. Sendo assim, a empresa sobrevive fazendo o que pode, e atuando de forma enxuta e com muito planejamento.
A situação conspira contra, pois, diminuiu o número de passageiros, a tarifa segue sendo muito baixa, a menor de Santa Catarina, e os insumos em escalada desproporcional morro acima. É preciso uma dose de magia para sobreviver.