Em pauta: MP da desoneração da folha de pagamentos

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou nesta terça-feira (9) que deve decidir ainda em janeiro, durante o recesso parlamentar, sobre a tramitação da MP 1.202/2023, que limita a desoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia.

Pacheco se reuniu com líderes partidários para discutir MP que limita desoneração da folha / Foto: Pedro Gontijo/Senado Federal

A proposta foi debatida em reunião com líderes partidários pela manhã. Ocorre que o governo publicou a medida provisória no fim de dezembro para diminuir o impacto do benefício nas contas públicas. Pacheco declarou que buscará uma “solução de arrecadação sustentável” em diálogo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Como se nota, nenhuma decisão será tomada sem antes conversar com Haddad. Por outro lado, envolvendo outras lideranças partidárias, espera-se por um avanço no debate sobre a MP. Enfim. Pacheco chegou a afirmar que a MP causou “estranheza” por se tratar de um tema já debatido pelo Congresso e não descartou a possibilidade de devolução parcial da medida.

O objetivo, segundo o presidente do Senado, é encontrar com o governo um meio-termo para o mérito da proposta e, depois, decidir a forma como isso será feito.

Resistência

As mudanças na desoneração enfrentam resistência no Congresso. A Frente Parlamentar do Empreendedorismo pediu ao presidente do Senado a devolução da medida quando a proposta foi publicada, em 29 de dezembro. No início da semana, o grupo enviou documento para líderes partidários solicitando a rejeição da proposta.

O pedido foi assinado por outras oito bancadas temáticas, dentre elas a da agropecuária, a maior do Congresso Nacional.

O benefício da desoneração da folha permite que as empresas de 17 setores da economia paguem alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez de 20% sobre a folha de salários. A MP editada pelo governo estabelece que, a partir de abril, a alíquota menor de imposto. (Fonte: Agência Senado)

Congresso discute resposta à MP da Reoneração

Foi realmente uma enorme surpresa a edição da Medida Provisória pelo Governo Federal no apagar das luzes de 2023. O fato provocou reação no meio produtivo e também não agradou os líderes partidários.

Senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) / Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Diante do inusitado, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), prometeu se reunir com líderes partidários para discutir a resposta do Congresso Nacional à medida provisória (MP), utilizada como alternativa pelo Governo contrariando o veto do Congresso ao projeto de desoneração da folha. A decisão faz parte das ações do governo federal para aumentar a arrecadação da União e alcançar a meta de déficit zero.

A reoneração será aplicada a partir de abril deste ano, revogando a desoneração anterior. Agora é esperar pela ofensiva de parte do Congresso, a fim de derrubar a medida até o dia 1º de abril. Mesmo sem nenhuma contrapartida, o Governo mantém a “fome” da arrecadação aos cofres públicos. (Fote: Jovem Pan)

Senado irá sabatinar os nomes de Dino e Gonet

Bastou a indicação do Presidente da República para o presidente do Senado Rodrigo Pacheco anunciar que haverá um esforço concentrado de 12 a 15 de dezembro, para votar as nomeações do Governo Federal. Dando a entender que desde já os nomes serão aprovados.

Pacheco anunciou em coletiva ter recebido indicações ao STF e à PGR e adiantou pauta de votações / Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Entre as indicações a serem avaliadas, estarão as de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF) e de Paulo Gonet para a Procuradoria-Geral da República (PGR), ambas anunciadas nesta segunda-feira (27). Segundo Pacheco após a realização das sabatinas, a apreciação se dará pelo voto secreto. Por hora, as indicações serão encaminhadas para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), responsável pelas sabatinas.

Dino, que é senador licenciado (PSB-MA), é o atual ministro da Justiça. Sua indicação preenche a vaga aberta pela aposentadoria da ministra Rosa Weber. Gonet é subprocurador-geral da República e procurador-geral eleitoral interino, e foi indicado para substituir Augusto Aras na chefia do Ministério Público.

Outros indicados

Além dos nomes para o STF e a PGR, o Senado deve votar outras 22 indicações de autoridades para cargos públicos durante o esforço concentrado. São 20 ofícios (OFS) e mensagens (MSF) que já aguardam deliberação das comissões e do Plenário, e Rodrigo Pacheco antecipou a chegada de duas indicações para preencher assentos na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A maior parte das indicações está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ): além de Gonet e Dino, são oito para o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e duas para o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). O colegiado deve votar os ofícios nesta quarta-feira (29), às 10h. (Fonte: Agência Senado)

Aprovação do marco temporal no Senado

Havia muita expectativa pela aprovação ainda na quarta-feira (27), pela aprovação do projeto que regulamenta os direitos originários indígenas sobre suas terras (PL 2.903/2023). Foram 43 votos a favor e 21 contrários. O projeto segue agora para a sanção da Presidência da República.

Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

A matéria foi aprovada pela manhã na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e enviada ao Plenário — onde foi aprovado um requerimento para o texto tramitar em regime de urgência, se transformou em outro recado ao STF.

Entre os principais pontos, o texto só permite demarcar novos territórios indígenas nos espaços que estavam ocupados por eles em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal — tese jurídica que ficou conhecida como marco temporal para demarcação de terras indígenas.

O projeto também prevê a exploração econômica das terras indígenas, inclusive em cooperação ou com contratação de não indígenas. A celebração de contratos nesses casos dependerá da aprovação da comunidade, da manutenção da posse da terra e da garantia de que as atividades realizadas gerem benefício para toda essa comunidade. “Esta é uma decisão política. Hoje, estamos reafirmando o papel desta Casa. Com esse projeto, o Parlamento tem a oportunidade de dar uma resposta para esses milhões de brasileiros que estão no campo trabalhando e produzindo”, declarou o relator.

Pacheco reafirmou seu respeito a todos os setores, negou que a aprovação do projeto seja um enfrentamento ao STF e pediu foco na conciliação e no respeito entre os Poderes. O assunto ainda deve render muitos outros capítulos. (Fonte: Agência Senado)

Fim da reeleição a cargos do Executivo?

O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), agitou os bastidores da política, nesta segunda-feira, 25, ao dizer que é contra a reeleição para cargos do Executivo, e que o assunto poderá ser apreciado pelo Congresso Nacional. A ideia não é nova. Propõe um debate para o aumento de quatro para cinco anos.

Rodrigo Pacheco / Edilson Rodrigues/Agência Senado

Segundo ele, o mandatário que tem a oportunidade de governar em dois mandatos ou mais, por vezes, deixa de tomar medidas me nos populares em função da reeleição, por conveniência ou somente pela perspectiva de ter votos.

Rodrigo Pacheco reage diante da “invasão de competências”

Finalmente o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD/MG), reagiu diante de uma atitude do Supremo Tribunal Federal (STF), em assuntos que envolvem os debates sobre piso salarial da enfermagem e sobre a descriminalização das drogas. Segundo ele, está havendo “invasão de competência do Poder Legislativo”. São assuntos que já foram debatidos dentro do Congresso Nacional, e que devem continuar sendo tratados unicamente pelo Legislativo. Demorou para perceber a ingerência dos togados.

presidente do Senado Federal, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). / Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Rodrigo Pacheco argumenta de que a questão é mais de saúde pública do que judicial ou penal, e o foro para discutir é exatamente o Congresso Nacional. O pronunciamento dele foi feito em plenário, nesta quinta-feira (3). Por fim, deu a entender que não vai permitir a continuidade da votação pelos ministros do Supremo.

Ele considera a descriminalização da maconha, um “equívoco grave” do STF, ao ponto de fazer com que a votação paralisasse, e que os ministros compreendam o verdadeiro papel da arena política sobre o tema. Segundo Pacheco, trata-se de uma real invasão de competência do Poder Legislativo. No caso do piso da enfermagem, ele ressaltou que uma lei concebida no Congresso Nacional, não é razoável que possa ser revista no âmbito do Poder Judiciário.

Catarinense Caroline De Toni se destaca no parlamento

Tenho acompanhado o trabalho que vem desenvolvendo a parlamentar catarinense, Caroline De Toni (PL), na Câmara dos Deputados. Titular na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST e com atuação destacada, ela tem apresentado, sob forte argumentação, inúmeras situações envolvendo o movimento dos sem-terra. O objetivo da CPI está se efetivando, com revelações consideradas comprometedoras.

Catarinense Caroline De Toni em destaque no parlamento

Ao avaliar a primeira quinzena de junho, comemora a aprovação de requerimento de sua autoria (146/23), para que se tenha acesso a todo o material produzido pelas CPIs anteriores sobre o Incra, a Funai, o próprio MST e a Reforma Agrária.

A partir disso, ela acredita que a Comissão poderá avançar mais rápido nas investigações sobre os criminosos que estão espalhando o terror no campo. Na semana passada, representou o Fórum Parlamentar Catarinense na audiência com o Presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, junto ao Governador Jorginho Mello e senadores de SC.

Na ocasião, ao lado deles, buscou a celeridade na aprovação do Marco Temporal (PL 490/07) no Senado. Ressalta que todos estão unidos e não vão desistir de defender o direito à propriedade dos agricultores de Santa Catarina. Completa a avaliação da quinzena, lembrando que votou contra o PL 2720/23 que cria mais privilégios para os políticos prevendo até prisão para quem ‘discriminá-los.

Sendo assim, não poderia deixar de destacar o desempenho da deputada catarinense, e de forte representatividade no Congresso.

Marco Temporal: catarinenses pressionam Rodrigo Pacheco

Os interesses do país, infelizmente passam também unicamente pelas decisões do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD/MG). O parlamentar, claramente joga contra, e em nada corresponde, mediante ao clamor popular. E não por falta de apelo.

Na mesma reunião com Pacheco a deputada Caroline De Toni (PP) e os senadores Jorge Seif (PL), Esperidião Amin (PP) e Ivete da Silveira (MDB) / Foto: Assessoria

Nesta terça-feira, 13, por exemplo, o próprio governador catarinense Jorginho Mello (PL) esteve com ele, em Brasília, e expressou a preocupação a respeito da pressa no trâmite do PL 490/07, que trata de demarcações de terras indígenas em todo o país, incluindo o território catarinense.

O governador reforçou ainda os impactos profundos em Santa Catarina, caso o STF forme maioria contra a tese do Marco Temporal de 1988, defendida pelo Estado na suprema corte. Por isso, pediu celeridade ao presidente do Senado para que a matéria, aprovada na câmara no início do mês, seja pautada o mais rápido possível. Meu temor é de que não dê ouvidos.