A ignorância do Governo

Share this

O governo de Carlos Moisés, com certeza não realizou nenhum estudo ou fez um planejamento sobre as consequências ao implantar a “tributação verde”, em Santa Catarina. Ou pelo menor ouvir os técnicos das empresas Cidasc e Epagri, além das universidades.

Os questionamentos são múltiplos. Afinal, o Estado é um dos maiores exportadores de mundo em alimentos. E, simplesmente encarecer a produção pode levar a efeitos catastróficos.

Como bem disse o presidente da Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarina (FAESC), José Zeferino Pedroso (foto), a moderna agricultura praticada no Brasil e, em especial, em Santa Catarina é uma atividade orientada pela ciência e tecnologia.

A produção de grãos, carnes, leite, mel, frutas, peixes, flores etc. – tudo é balizado pelo conhecimento científico. E o governo, com que base decidiu adotar medidas que sobretaxam a produção?

E, os defensivos, por exemplo, são insumos indispensáveis para se obter, de forma segura e contínua, altos níveis de produção e de produtividade. Os defensivos são elementos essenciais que fornecem as necessidades da agricultura moderna e fazem parte da tecnologia agrícola.

Desconhecimento

Basta compreender essa realidade para perceber a falácia e o desconhecimento de quem prega a taxação dos insumos para, por exemplo, reduzir o uso de defensivos (como os agrotóxicos) e, assim, hipoteticamente “diminuir o envenenamento do meio ambiente”.

Sem noção

Esse discurso é próprio de quem nunca colocou o pé na zona rural, nunca plantou um pé de couve e não tem a mínima noção do que vem a ser a atividade agrícola.  Esses ambientalistas de apartamento ignoram a luta dos produtores e empresários rurais para viabilizar uma atividade com centenas de variáveis imprevisíveis e incontroláveis como o clima, o mercado, as pragas, o excesso de normas e regulação e as decisões de política agrícola e econômica que sempre afetam o setor primário.

Cadeia produtiva

A agricultura catarinense é avançada, sustentável, limpa, mantenedora de milhares de empregos e exportacionista. Conjugada com sua co-irmã, a agroindústria, constitui uma longa cadeia produtiva geradora de riquezas e de ampla tributação. Ou seja: é a locomotiva da economia catarinense.

Lástima

É uma lástima que a maior autoridade pública de Santa Catarina desconheça essa magnífica estrutura de produção de alimentos, notabilizada no mundo, eis que exporta para 160 países.

Tributação

A posição do governador Carlos Moisés da Silva em aumentar a tributação dos insumos agrícolas de zero a 17% (única exceção: medicamentos veterinários e vacinas) representa um golpe mortal para atividades essenciais como o cultivo de lavouras, a criação intensiva de animais e a produção de leite. Avaliação recente revela que, mantida a taxação, as lavouras de milho, soja, feijão e arroz se tornarão deficitárias. Ou seja: melhor não plantar.

Deixe um comentário

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.