Samu: economia no atendimento à vida

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O que considero um tiro no pé, por parte do Governo do Estado, será apresentado nesta quinta-feira (20), na Assembleia Legislativa.

Refiro-me ao projeto que cria, em Florianópolis, uma Central de Regulação do Serviço Móvel de Urgência e Emergência (SAMU).

A proposta é economizar com a substituição das oito atuais centrais regionais, somente por uma na Capital. Ou seja, uma economia que coloca em risco a prioridade do serviço que é a vida de quem carece do atendimento imediato.

Na prática a operação das ambulâncias e o encaminhamento aos hospitais continuam os mesmos, mas a coordenação e a logística de funcionamento teriam uma central única, que receberia as ligações e distribuiria o atendimento. E, é aí que está o perigo.

Deputado chama atenção

O deputado estadual Fernando Coruja, que é médico, na tribuna chamou a atenção para o que considera a diferença entre a vida e a morte de um paciente: a agilidade no atendimento. E questionou: “esta mudança vai ser capaz de reproduzir o modelo atual com a mesma eficácia e eficiência?”.

curuja chama atenção

Para o deputado, isso é suficiente para que secretaria de Saúde do Estado avalie muito bem o grau de responsabilidade que essa iniciativa representa já que, teoricamente, haverá mais demora no atendimento.

Atualmente o tempo médio de atendimento é de 10 minutos e a Federação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de SC (Fetessesc), calcula que vá demorar 50% a mais para dar o start na chamada para acionar a ambulância e buscar vagas em hospitais, neste novo modelo.

Entendo também que, neste caso, especificamente, mais importante que a economia de recursos é a responsabilidade de continuar oferecendo atendimento ágil e competente à população catarinense, e salvando vidas.

Foto e informações : Luci Franceschini

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