Operação Mensageiro: mais um prefeito renuncia

O pedido de renúncia do prefeito de Massaranduba, Armindo Sesar Tassi (MDB) foi protocolado na Câmara de Vereadores, nesta segunda-feira (4), no início da tarde. Ele foi mais um dos prefeitos a ser preso na Operação Mensageiro, porém, solto em outubro. Mesmo assim precisou cumprir medidas restritivas, como uso de tornozeleira eletrônica e a proibição ficar distante e sem contatar com as pessoas envolvidas no âmbito do processo.

Armindo Sesar Tassi – Foto: Portal Massaranduba News

O prefeito, assim como vários outros em Santa Catarina está atrelado à ação que investiga fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, além de fazer parte de organização criminosa e lavagem de dinheiro, no setor de coleta e destinação de lixo.

Com a renúncia de Tassi, já são 10 os prefeitos que também abdicaram a função, além de outros dois que tiveram os mandatos extintos. Sendo assim, o vice-prefeito Odenir Deretti (PP) assumiu o cargo. A Operação Mensageiro arrolou 16 gestores, e um vice.

Prefeito de Três Barras renuncia

Prefeito de Três Barras deixa o cargo — Imagem: Arquivo PMTB.

A gravidade dos fatos levantados pela Operação Mensageiro tem derrubado prefeitos. Nesta segunda-feira (28), um quinto prefeito decidiu também renunciar ao cargo. Trata-se do prefeito de Três Barras, do Norte de Santa Catarina, Luiz Divonsir Shimoguiri (PSD) que está preso. A carta de renúncia foi entregue à Câmara de Vereadores.

Por outro lado, o presidente da Câmara, vereador Abrahão Mussi, tratou de convocar os membros da Casa para uma reunião já nesta terça-feira (29), quando deve oficializar o aceite do pedido de renúncia, e dar posse oficialmente à vice-prefeita, Ana Cláudia da Silveira Quege.

Melhor articulação elegeu novo prefeito de Tubarão

A escolha ocorreu na noite desta segunda-feira (7), em sessão extraordinária, da Câmara de Vereadores. A disputa teve duas chapas. Uma delas encabeçada por José Luiz Tancredo (MDB) e vice, Denis Matiola (PSDB).

A outra chapa, a eleita indiretamente, com 10 dos 15 votos, contou com Jairo Cascaes (PSD) e como vice, Moisés Nunes (PP). todos os 15 vereadores votaram. Portanto, o município de Tubarão passa, a partir de agora, a ser comandada, por Cascaes. Ele era o presidente da Câmara. Venceu a melhor articulação.

A eleição ocorreu em razão da renúncia do então prefeito Joares Ponticelli (PP) e do vice, Caio Tokarski (União Brasil). Ambos arrolados na Operação Mensageiro. Por carta, em 10 de julho passado, eles entregaram a carta de renúncia, à Câmara de Vereadores, sendo imediatamente acatada.

Os novos titulares ficarão no cargo até o dia 31 de dezembro de 2024. Ambos afirmaram que seguirão trabalhando pela governabilidade do município junto à Câmara de Vereadores de Tubarão.

(Foto: Facebook – Câmara de Vereadores de Tubarão)

Operação mensageiro: solturas e renúncias acontecendo

Foto: MP/Divulgação

No avançar do processo da Operação Mensageiro, os desdobramentos seguem avançando, inclusive, com o relaxamento de algumas prisões. Numa delas, nesta quarta-feira (5), a soltura do ex-diretor da Semasa, em Lages, Milton José Matias Filho.

Miltinho como é conhecido esteve preso por sete meses preventivamente, ainda na primeira fase da Operação, no início de dezembro de 2022. Mesmo solto, terá que cumprir medidas restritivas, como por exemplo, o uso de tornozeleira eletrônica, e ficar longe dos demais envolvidos no âmbito do processo.

A Justiça também revogou nesta quarta-feira (5) a prisão de Wando Furlan Ceolin, ex-supervisor de compras da prefeitura de Braço do Norte, no Sul do Estado, preso pela Operação Mensageiro.

Renúncia

Por outro lado, o prefeito de Itapoá, Marlon Neuber (PL), preso desde dezembro ainda na 1ª fase da Operação Mensageiro, renunciou ao cargo e teve o mandato extinto. O decreto com o termo de renúncia foi publicado no Diário Oficial do município na segunda-feira (3).

Todos são investigados por fraudes e corrupção em contratos de coleta e destinação de lixo em várias cidades catarinenses.

Renúncia de cargo de vereador para quem assumir Secretaria

Sempre polêmico, o vereador de Lages, Jair Junior (Podemos), acaba de apresentar um projeto de alteração à Lei Orgânica Municipal, obrigando que o Vereador ao ocupar cargo de Secretário Municipal, ou Estadual, renuncie ao mandato.

Segundo justifica, em época de campanha, o candidato não pede voto para ser Secretário, mas para ser escolhido pelo povo para cumprir o papel do Vereador.

O assunto promete muita discussão. Por hora, o projeto está sendo analisado pelo jurídico da Câmara de Vereadores.

Foto: Ascom Câmara de Vereadores

Último ato como governador

A quinta-feira, do dia 5 de abril de 2018, marca o fim do governo do lageano João Raimundo Colombo (PSD). Às 13h30min, em ponto, será entregue a carta de renúncia ao Presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Aldo Scheider. Logo depois, por volta das 14 horas, Colombo concede entrevista coletiva à imprensa, na própria Alesc.

No sábado (7), em Lages, será realizado um grande ato para celebrar os mais de sete anos de mandato de Raimundo Colombo, na Pousada Rural do SESC, a partir das 10h.

Os organizadores esperam a participação de deputados, prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e lideranças do PSD e amigos de Colombo de todas as regiões de Santa Catarina. O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, participará do ato.

Nesta última quarta-feira (4), Raimundo Colombo expediu uma carta à imprensa avaliando os seus sete anos de governo, e suas mais diversas decisões, em especial, a de não ter aumentado os impostos mesmo diante de períodos de arrecadação em baixa, e ainda a reforma da previdência estadual e a renegociação da dívida do Estado com a União.

Ele enumerou uma a ama de suas ações, as quais, irá relatar o evento de sábado, em Lages, durante o ato que também deverá oficializar a pré-candidatura ao Senado.

Entrevista de Colombo ao DC

Li atentamente, na manhã deste sábado (3), a entrevista do governador Raimundo Colombo, concedida aos profissionais do Diário Catarinense e NSC. 

O governador, em compasso de despedida do cargo e do Palácio da Agronômica, resume os atos do seu governo, sem deixar de lado suas questões de pessoalidade.

Falou das conquistas, dos legados, e até mesmo de pontos que o torturaram, caso das denúncias da JBs e da Odebrech. Reconheceu que foram momentos de muito sofrimento, mas que possui provas robustas na defesa do processo.

Na entrevista, sempre destacou a preocupação com as pessoas, as empresas. Para o funcionalismo, o salário era prioridade. Nunca atrasou. Pontuou questões como essas, e que levaram o Santa Catarina a sobreviver uma das maiores crises do país.

Raimundo foi modesto, ao dizer que o Estado foi o que melhor se destacou diante da crise, sem aumento de impostos, e com aumento na competitividade e de empregos. Não carregou para si, o mérito de ser destacado com um dos melhores gestores do País.

Raimundo Colombo tem a decisão do que vai fazer. Dia 16 de fevereiro se licencia, repassando a incumbência do Governo, ao vice, Eduardo Pinho Moreira. Antes, quer conseguir assinar o contrato com o FUNDAM, última questão que lhe angustia. Porém, revela que faltam poucos detalhes para a consolidação. 

Já em abril, deixa definitivamente o mandato, para tentar a eleição ao Senado. Admite a possibilidade de não ser eleito. Nesse caso, pensa em exercer o direito de da aposentadoria e cuidar mais da vida pessoal.

Por outro lado, vejo que, para Lages, há um sentimento diferente. A população, muitas vezes o confundiu como sendo um governador de Lages, e não de todos os catarinenses.

Mas, fica, certamente, evidenciado o sentimento de orgulho de ter tido um líder diferenciado nacionalmente, e talvez, mais valorizado pelo país, do que pelo próprio Estado. Assim, Raimundo termina seu legado como Governante. Recomendo que você leia a entrevista, completa.

Ao retornar da missão

Neste domingo (28), o governador Raimundo Colombo retorna da missão aos Estados Unidos. Já no aeroporto reassume o cargo, ocupado durante sua ausência pelo vice-governador Eduardo Pinho Moreira.

A última semana foi uma prévia do que deve ocorrer a partir de 16 de fevereiro, quando Colombo se licencia para enfrentar a campanha ao Senado. Só volta em abril para a renúncia oficial.

Moreira será, portanto, o governador nos próximos 10 meses e meio. E foi sobre este assunto que ele concedeu entrevista exclusiva à Coluna Pelo Estado, (confira a entrevista no Lages Hoje).

Aliás, entre os tópicos da entrevista, declarou que o PSD ainda é uma porta aberta. Porém, garantiu que da parte do MDB não haverá recuo sobre a cabeça de chapa, independentemente do nome.

“Já abrimos mão duas vezes e por isso esperávamos a recíproca do PSD. Ainda esperamos. Ainda há tempo”, disse Pinho Moreira.

Foto: Jeferson Baldo/GVG