Reunião debate sobre a superlotação da UPA 24hs

Na tarde desta quarta-feira (22), ocorreu uma reunião emergencial da Rede de Urgência e Emergência da Serra Catarinense, no auditório da Secretaria de Saúde de Lages.

O tema foi o entendimento e esclarecimento sobre a situação de alta demanda de internamentos da UPA 24h de Lages, emergência do Hospital Nossa Senhora dos Prazeres e a lotação dos leitos do município.

Leitos disponíveis em outros hospitais

Uma das constatações é de que hospitais de outros municípios da Amures, como é o caso do Hospital Santa Clara de Otacílio Costa e o Hospital de Caridade Coração de Jesus, de São Joaquim, possuem leitos disponíveis para auxiliar no atendimento a UPA de Lages. A questão é de que esses leitos que estão sendo ofertados precisam ser utilizados.

E, como isso não vem acontecendo, a UPA está lotada e não há leitos disponíveis no município de Lages. Por isso, a necessidade de ocupação de leitos nos hospitais da região.

“Precisamos utilizar esses leitos, pois o SUS é um sistema em rede. Não é justo terem pessoas aguardando na UPA de Lages e ter esses quase 200 leitos vazios para atender a população”, disse, o secretário Claiton Camargo.

Disponibilidade de leitos na região:

Hospital Nossa Senhora dos Prazeres: nenhum leito;

Hospital Tereza Ramos: 5 leitos para influenza e 5 leitos Covid;

Hospital Seara do Bem: 4 leitos;

Hospital Santa Clara, de Otacílio Costa: 21 leitos;

Hospital de Caridade Coração de Jesus, de São Joaquim: 55 leitos;

Hospital Faustino Riscarolli, de Correia Pinto: 4 leitos;

Hospital Nossa Senhora das Graças, de Bom Retiro: 27 leitos;

Hospital São José, de Urubici: 29 leitos;

Hospital Frei Rogério, de Anita Garibaldi: 27 leitos;

Hospital Nossa Senhora do Patrocínio, de Campo Belo: 19 leitos.

Foto: Natasha Monteiro

Sobre regulação de leitos hospitalares da Serra Catarinense

Nesta última sexta-feira (27), na Câmara Municipal de Lages, vereadores e representantes de entidades que integram a Associação dos Municípios da Região Serrana (Amures), se reuniram para tratar sobre as mudanças ocorridas no sistema de regulação de leitos para internamento, que desde o dia 24 de dezembro.

A discussão se deu em razão de os serviços da Central de Regulação de Internações Hospitalares da Macrorregião Serra Catarinense, localizados no município de Lages, e que foram transferidos para a Macrorregião Meio Oeste, situada em Joaçaba.

Sem dúvida, mais uma desconsideração com Lages e Região. O grupo elaborou o ofício a ser endereçado ao Governo do Estado de Santa Catarina, reivindicando que seja cumprido o fluxo de internação hospitalar, estabelecido e aprovado pela Rede de Urgência e Emergência, Comissão de Intergestores Regional (CIR) e Câmara Técnica de Regulação da Região Serrana.

Regulação de acesso aos leitos

Com essa mudança, será a Central Macrorregião do Meio Oeste a responsável por regular o acesso aos leitos e aos procedimentos hospitalares dos estabelecimentos de saúde vinculados ao SUS, próprios, contratados ou conveniados de todos os municípios da Serra e Meio Oeste Catarinense.

Serão os médicos reguladores de Joaçaba que terão a tarefa de verificar o quadro clínico relacionado para cada solicitação de internação e localizar, dentro da oferta de serviços disponíveis, o hospital mais adequado às necessidades do paciente.

 Eis mais uma situação complexa, e que demonstra total desinteresse do Governo em ter Lages, a maior cidade da Serra e Meio Oeste, como sendo referência em serviços, especialmente na saúde.

Informações e foto: Ascom Câmara de Vereadores de Lages