Antes de mais nada, uma pena a ausência da maioria dos vereadores, justamente quando foi apresentado um dos projetos mais importantes para futuro de Lages. Apenas Juliano Polese e Aida Hoffer, acompanharam a explanação do diagnóstico do Plano Municipal de Coleta Seletiva, na noite desta quarta-feira (01), na própria Câmara, feita pela empresa Ampla Consultoria e Planejamento.
Menos mal, que este é apenas o primeiro evento de mobilização social, visando implantar em Lages um sistema operacional para os próximos 20 anos.
O diagnóstico já está pronto, e mostra a realidade hoje de Lages, e quais os planos daqui para frente, seguindo obviamente a Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Para tanto, é preciso também que se aplique o conceito da Responsabilidade Compartilhada, ou seja, do engajamento completo do setor empresarial, dos consumidores, e do Poder Público. A população, igualmente deverá ter a obrigação em participar do processo.
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O diagnóstico em números
Atualmente apenas três veículos fazem a coleta de resíduos secos em Lages, numa abrangência de 65% das vias da cidade, em 21 setores de coleta semanal nos bairros, e diariamente, no Centro. Nesse caso, o problema, é a variação dos trechos percorridos, de 10 a 50 km.
Estima-se que existam em Lages, cerca de 230 catadores e aproximadamente o mesmo número de carroceiros.
A coleta hoje alcança 34% de resíduos orgânicos; 26% de rejeitos e 40% de resíduos secos.
Resumindo: no geral, tudo isso representa apenas 2% da coleta seletiva em Lages. E, de resíduos secos, somente 4,08%. Muitíssimo baixo.
A justificativa para tão pouco recolhimento pode estar na mistura de todos os tipos de resíduos; na desistência das pessoas em praticar a seleção, ou ainda falta de estímulos.
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Meta a ser atingida
A meta é chegar ao ano dois do processo, ou seja, já em 2015, no mínimo com 10% na coleta seletiva no município. Em 20%, no ano seguinte, e em 7 anos, estar com 70%.
Todos sabem que a tendência é de que, a produção do lixo só aumente, mas, num processo de política reversa, organização, investimentos do Poder Público, muita educação e discernimento das obrigações, a proposta é de que cada vez menos lixo possa ir para o Aterro Sanitário.
Por fim, precisamos todos aprender a tirar proveito do lixo, não apenas, os catadores e os empresários do setor.
Como parte do projeto Vida e Natureza, estarei cada vez mais atento a todas as questões ambientais do Município e do Estado, a partir de agora.
O Plano de Coleta Seletiva em Lages já devia estar pronto há muitos anos. De qualquer maneira, espero que daqui para frente, só avance, e se concretize.
Não deixe de conferir o portal Vida e Natureza
(www.vidaenatureza.com.br)