Deputada Julia Zanatta propõe PEC contra vigilância digital

A deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) apresentou a PEC nº 35/2025, que recebeu o apoio de 172 parlamentares, para assegurar a liberdade financeira dos brasileiros diante do avanço das moedas digitais emitidas por bancos centrais, como o Drex.

Deputada Júlia Zanatta / Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

A proposta determina que a criação e circulação dessas moedas só possam ocorrer com aprovação do Congresso Nacional e proíbe a extinção do papel-moeda. Zanatta alerta para riscos de vigilância e censura financeira ligados às CBDCs e defende que qualquer mudança nessa área seja debatida amplamente pelo Legislativo.

Posição firme da deputada

A iniciativa da deputada Júlia Zanatta é positiva porque coloca em pauta um tema de enorme relevância para a sociedade: a preservação da privacidade, da autonomia e da liberdade individual em um cenário de rápida digitalização financeira.

Essa tem sido uma das principais bandeiras da parlamentar, que se posiciona firmemente contra qualquer forma de controle excessivo do Estado sobre a vida dos cidadãos. Ao exigir que decisões sobre moedas digitais passem pelo crivo do Congresso, a PEC fortalece o debate democrático e garante que a população não fique sujeita a medidas unilaterais. 

Confira aqui o pronunciamento da deputada sobre a PEC, ao retornar à Câmara dos Deputados.

Pesquisa Record sobre o Senado em Santa Catarina

A Record TV encomendou uma pesquisa ao instituto Real Time Big Data para avaliar possíveis cenários na disputa pelo Senado em Santa Catarina. O levantamento foi realizado entre os dias 2 e 3 de setembro de 2025, com 1.200 entrevistas e margem de erro de três pontos percentuais.

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). Foto: Sergio Lima)

Principais resultados — Cenário com Carlos Bolsonaro

CandidatoPartidoIntenção de voto
Carlos BolsonaroPL45%
Caroline de ToniPL33%
Esperidião AminPP21%
Décio LimaPT19%
Adriano SilvaNovo17%
Carlos ChiodiniMDB7%
Paulo AlceuSem partido7%
Nulo/Branco7%
Não sabe/Não respondeu4%

Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro, aparece como líder nos cenários em que seu nome é incluído, superando inclusive nomes tradicionais da política catarinense. No entanto, sua possível candidatura enfrenta resistência dentro do próprio PL de Santa Catarina, além de críticas de setores empresariais locais, que questionam sua falta de vínculo com o estado.

Cenários

A pesquisa também testou quatro cenários diferentes para a disputa ao Senado em Santa Catarina. Cada cenário incluiu diferentes combinações de pré-candidatos, e o nome de Carlos Bolsonaro apareceu em três deles. Aqui está o resumo:

Cenário 1 — sem Carlos Bolsonaro

CandidatoPartidoIntenção de voto
Carolina de ToniPL36%
Esperidião AminPP27%
Adriano SilvaNovo22%
Júlia ZanattaPL19%
Décio LimaPT19%
Paulo AlceuSem partido9%
Antídio LunelliMDB9%
Nulo/Branco8%
Não sabe/Não respondeu5%

Cenário 2 — com Carlos Bolsonaro

CandidatoPartidoIntenção de voto
Carlos BolsonaroPL44%
Carolina de ToniPL33%
Esperidião AminPP21%
Décio LimaPT19%
Adriano SilvaNovo18%
Antídio LunelliMDB8%
Paulo AlceuSem partido7%
Nulo/Branco6%
Não sabe/Não respondeu4%

Cenário 3 — com Carlos Chiodini

CandidatoPartidoIntenção de voto
Carlos BolsonaroPL45%
Carolina de ToniPL33%
Esperidião AminPP21%
Décio LimaPT19%
Adriano SilvaNovo17%
Carlos ChiodiniMDB7%
Paulo AlceuSem partido7%
Nulo/Branco7%
Não sabe/Não respondeu4%

Cenário 4 — com Vinícius Lummertz

CandidatoPartidoIntenção de voto
Carlos BolsonaroPL45%
Carolina de ToniPL33%
Esperidião AminPP21%
Décio LimaPT19%
Adriano SilvaNovo18%
Paulo AlceuSem partido7%
Vinícius LummertzPSDB4%
Nulo/Branco7%
Não sabe/Não respondeu4%

Repercussões no campo político

A possível candidatura de Carlos Bolsonaro ao Senado por Santa Catarina tem gerado intensos debates políticos e estratégicos dentro e fora do PL. A entrada de Carlos Bolsonaro no cenário estadual provocou divisões dentro do PL. Lideranças locais, como Caroline de Toni e Júlia Zanatta, já se movimentavam para disputar a vaga e têm forte base no estado.

A preferência da cúpula nacional do PL, especialmente de Valdemar Costa Neto, por uma chapa com Carlos e Esperidião Amin, tem gerado desconforto entre os catarinenses. A própria Michelle Bolsonaro teria se posicionado contra a candidatura do enteado por SC, temendo rejeição por falta de vínculo com o estado.

Sua possível transferência de domicílio eleitoral para São José é vista por muitos como uma manobra estratégica, mas também como oportunismo. Setores empresariais e entidades como a Federação das Indústrias de SC já se manifestaram em defesa de lideranças locais, sugerindo que a representação no Senado deve ser construída com base no mérito e raízes regionais.

Força eleitoral e efeito Bolsonaro

Apesar das críticas, Carlos aparece liderando todos os cenários testados na pesquisa da Record/Real Time Big Data, com até 45% das intenções de voto. Isso mostra o peso do sobrenome Bolsonaro no eleitorado catarinense, especialmente entre os mais alinhados à direita. A candidatura pode consolidar o bolsonarismo em SC, mas também fragilizar alianças locais se imposta de cima para baixo.

Impacto forte no eleitorado

A candidatura de Carlos Bolsonaro é um movimento de alto impacto: eleitoralmente forte, mas politicamente arriscado. Ela pode redefinir o equilíbrio de forças no estado, consolidar o bolsonarismo como hegemonia na direita catarinense, ou provocar uma fragmentação interna que enfraqueça o PL local.

Projeto beneficia o avanço escolar de alunos superdotados

A Comissão de Educação da Câmara aprovou o Projeto de Lei 1494/2024, da deputada Júlia Zanatta (PL-SC) que flexibiliza a idade mínima para o avanço escolar de alunos superdotados. Pela proposta, jovens com altas habilidades poderão concluir o Ensino Fundamental aos 13 anos e o Ensino Médio aos 16, permitindo que ingressem mais cedo no ensino superior e no mercado de trabalho.

O projeto é de autoria da deputada Julia Zanatta (PL/SC), e, segundo ela, a aprovação  representa uma conquista importante para o desenvolvimento pleno de estudantes que apresentam desempenho avançado / Foto: Agência Câmara

A regra geral da LDB, que define 15 e 18 anos como idades mínimas, continua valendo, mas com essa exceção para estudantes que se destacam pelo desempenho. A iniciativa é extremamente positiva, pois reconhece o direito desses jovens de desenvolver seu potencial sem amarras burocráticas.

Trata-se de uma medida que valoriza o talento, incentiva a educação de excelência e contribui para que o Brasil aproveite melhor suas mentes brilhantes. É um passo importante para uma escola mais inclusiva e atenta às diferentes realidades de aprendizagem.

O bebê de Julia Zanatta e o ambiente hostil da Câmara

O recente episódio em que a deputada federal Julia Zanatta (PL-SC) levou seu bebê à Câmara dos Deputados e sofreu ataques internos expõe um problema maior do que aparenta. Não se trata de um risco físico às crianças, afinal, a segurança do parlamento é rigorosa, mas de um ambiente político que ainda não aprendeu a acolher a maternidade com respeito e naturalidade.

Deputada federal Julia Zanatta: Foto: Vinícius Schmitd/Metrópolis

O gesto simples de uma mãe com seu filho foi transformado em munição para disputas ideológicas, revelando que, na política, até momentos de afeto podem ser distorcidos para servir a narrativas. Isso mostra não só uma falha de civilidade, mas também a ausência de protocolos e cultura institucional que garantam às parlamentares mães o direito de exercer o mandato sem que o vínculo materno se torne alvo de ataques.

Se a Câmara quer ser um reflexo de um Brasil democrático e plural, precisa entender que respeito começa no básico: reconhecer que mães também governam, legislam e, às vezes, fazem isso com um bebê no colo. Aliás, algo que deveria ser celebrado.

Em suma, as críticas contra a deputada Julia, expõe sim que a Câmara dos Deputados representa um ambiente hostil a quem leva um bebê de colo, o que deveria ser ao contrário. A negação é uma atitude que depõe até mesmo contra os acusadores.

Precedente perigoso: PT pede suspensão de deputados do PL

O Partido dos Trabalhadores (PT) protocolou na Câmara dos Deputados um pedido de suspensão de mandato contra três parlamentares catarinenses do PL, Zé Trovão, Julia Zanatta e Caroline De Toni, além de outros congressistas. A alegação envolve supostas condutas incompatíveis com o decoro parlamentar.

O pedido de suspensão de deputados do PT e atinge três catarinenses do Partido Liberal de SC (Foto: Agência Câmara)

O caso acende um alerta para o risco de um precedente perigoso: a utilização de mecanismos disciplinares como ferramenta política para enfraquecer adversários. No ambiente democrático, divergências e embates devem ser resolvidos pelo voto e pelo debate público, não pela restrição de mandatos legitimamente conquistados nas urnas.

Se a Câmara seguir nessa linha, o parlamento corre o risco de trocar a pluralidade pela perseguição política, isso ameaça não apenas um partido ou grupo, mas o próprio equilíbrio institucional.

Governador Jorginho Mello se posiciona:

Deputada Julia Zanatta comenta sobre os imigrantes em SC

Numa recente live da deputada federal Júlia Zanatta (PL), ela expressa com certa preocupação sobre a quantidade de imigrantes que Santa Catarina vem recebendo nos últimos anos. Muito, acentuada pela pobreza e à falta de segurança de alguns estados como o Pará e Rio de Janeiro, e também decorrentes a problemas da falta de emprego e questões ambientais.

Deputada Júlia Zanatta (PL/SC) / Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Nesse caso, cita o Paraná, e especialmente o Rio Grande do Sul. A deputada aponta dados compilados até 2022. Os números apontam que o Estado já conta com pelo menos, mais de 500 mil novos moradores chegando e pouco menos de 150 mil saindo. Isso que não estão computados os mais recentes, incluindo os da pós-tragédia das enchentes do RS, por exemplo.

Em resumo, a população já cresceu em 4,66%. O Estado tem como atrativos a menor taxa de desemprego do país, o menor registro de violência, sem falar na qualidade de vida. Na reflexão, Zanatta disse não ser contrária à vinda de imigrantes para o Estado.

Pontos de preocupação

Porém, diante dessas informações, há preocupação com o crescente número populacional do Estado, e que já está criando contratempos em vários municípios fronteiriços como Chapecó, Criciúma ou Tubarão. O impacto já está sendo sentido, com a presença de novos moradores em situação de rua, aumento do fluxo nas escolas e no atendimento à saúde e assistência social.

Santa Catarina tem sido atrativo devido ao crescimento econômico em vários setores e de pela segurança. O estado catarinense também atrai cada vez mais estrangeiros. Entre 2010 e 2022, a proporção de imigrantes venezuelanos e haitianos, entre outros, triplicou, passando de 0,3% para 1,1%.

Campo político

Zanatta entrou também na questão política. Questionou sobre como esses imigrantes vindos de outros estados, vão votar. Ela reitera que muitas dessas pessoas podem estar descomprometidas com o conservadorismo hoje em Santa Catarina, e isso, pode criar um novo impacto nas eleições, já em 2026, com maior influência da esquerda, por exemplo.

Já diante dos impactos em todas as áreas, a deputada chama atenção para a nova situação vivida no Estado, principalmente nos campos da saúde, da educação e no social. Por outro lado, por esta razão, concorda com o aumento de mais quatro cadeiras na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados, mas não da forma decidida pelo Congresso, no tocante à distribuição real, revelada pelo número populacional, e que aumentou de 513 para 531 deputados.

Deputada Júlia Zanatta disse ter alertado INSS

Meses antes da deflagração da operação da Polícia Federal que expôs um esquema bilionário de fraudes com descontos indevidos em benefícios do INSS, a deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) já havia cobrado explicações formais ao então presidente do órgão, Alessandro Stefanutto.

Segundo aponta, eles sabiam e nada fizeram. “O escândalo expões falhas grosseiras,” alertou. Foto/ Agência Câmara dos Deputados

Por meio do Requerimento de Informação nº 49/2025, protocolado em fevereiro, Zanatta questionou Stefanutto sobre as suspeitas de descontos não autorizados em aposentadorias e pensões, exigindo informações detalhadas sobre a atuação do INSS diante dos indícios de irregularidades.

A resposta, assinada por Stefanutto e enviada ao gabinete da deputada apenas na última semana, isentou o órgão de responsabilidade: “não foi possível identificar indício de dolo, fraude ou erro administrativo” — mesmo diante do alerta de mais de 6 mil reclamações por parte de beneficiários prejudicados.

Zanatta expõe gravidade

No entanto, a operação “Sem Desconto” revelou justamente o contrário: servidores públicos ligados ao INSS usaram um sistema de biometria paralelo para autorizar, em massa, os descontos indevidos.

O escândalo gerou repercussão nacional e expôs falhas graves de fiscalização e omissão por parte da presidência do INSS. “Eles sabiam e lavaram as mãos. As respostas mostram que o governo foi negligente com os alertas.

O tempo passou, os descontos continuaram acontecendo, e agora temos um escândalo sem precedentes com prejuízo bilionário aos aposentados. O que eles estão tentando esconder?”, declarou Zanatta. A deputada defende a instalação urgente de uma CPI do roubo dos aposentados.

Por outro lado, Cobalchini protocola requerimento para atendimento presencial a aposentados

O deputado federal Valdir Cobalchini (MDB-SC) protocolou nesta segunda-feira (12) um requerimento solicitando ao INSS a realização de atendimento presencial para aposentados e pensionistas que foram vítimas de descontos indevidos em seus benefícios previdenciários.

A medida tomada pelo deputado Cobalchini, apresenta requerimento para garantir atendimento presencial aos aposentados que tiveram descontos indevidos

A iniciativa busca garantir que aqueles que enfrentam dificuldades para acessar o aplicativo “Meu INSS”, usado para contestação e solicitação de ressarcimento, possam registrar suas demandas de forma presencial.

Notificação no celular

A partir desta terça-feira (13), os beneficiários afetados receberão notificações no celular sobre o problema e, na quarta-feira (14), poderão solicitar o ressarcimento dos valores descontados indevidamente.

No entanto, grande parte dos aposentados pode não ter acesso à internet ou saber utilizar o aplicativo, por isso Cobalchini quer que o atendimento também seja prestado de forma presencial.

Cobalchini propõe atendimento presencial de segunda a sexta e multirões nos finais de semana, realizados nas unidades do INSS, permitindo que os segurados tenham suporte direto para esclarecer dúvidas e registrar a contestação dos descontos. “O aposentado já teve desconto indevido. Agora, ele, que muitas vezes é um idoso que nem sabe usar aplicativos, terá que descobrir sozinho como contestar. Isso não faz sentido!”, afirmou o deputado.

Dep. Julia Zanatta: “foco ainda não é candidatura ao Senado”

 Em live na noite desta segunda-feira (03), a deputada federal Julia Zanatta (PL/SC), fez uma análise do atual momento político, inclusive, na relação com o governador Jorginho Mello, que é, também presidente do PL no Estado. Reiterou que está ao lado de Jorginho, embora ache que ele ande chateado com ela.

“Quem vai decidir as candidaturas ao Senado em todo o Brasil, será o ex-presidente Jair Bolsonaro”, disse Zanatta. Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Lembrou, mais uma vez, que, embora cedo, será mesmo o ex-presidente Jair Bolsonaro quem dará a última palavra para a composição das duas candidaturas ao Senado. A antecipação de possíveis acordos, ainda poderão ter outro viés, mais à frente.

Citou que Jorginho foi eleito sozinho pelo PL, com chapa pura, e que isso poderá se repetir. Com razão, lembrou da derrota do MDB, em 2018. Também na eleição seguinte, esteve como vice, de Carlos Moisés, e novamente foi derrotado, e, portanto, questionou, cadê a força do MDB, que é tido como capaz de ser o fiel da balança em uma eleição?

Em suma, Julia também confidenciou que não está focada na ideia de ser senadora, por hora, embora sinta-se honrada por ter sido citada para compor uma das vagas no Senado, ao lado de Caroline De Toni. Sente-se muito valorizada, apenas por ter o nome citado por Bolsonaro, e resume que ainda tudo é cedo, e que a questão das vagas será definida, queiram ou não, pelo ex-presidente, para fortalecer a base nacional na defesa da democracia, hoje ameaçada.

Quanto ao Governo, Jorginho terá que confiar novamente na aliança com o povo catarinense, que tem convicção do que quer para representa-lo. Concluiu a live, lembrando mais uma vez, que tudo ainda é muito cedo para um acerto definitivo, com quem quer que seja.