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Começou a tramitar na Assembleia Legislativa um pacote de ajustes ao programa Universidade Gratuita. O Projeto de Lei 518/23, apresentado pelo deputado estadual Napoleão Bernardes (PSD), propõe cinco adequações à Lei Complementar 831, que normatiza o programa destinado à oferta de vagas totalmente subsidiadas pelo Estado no ensino superior catarinense.

De acordo com o parlamentar, a iniciativa pretende sanar falhas identificadas em um diagnóstico relativo à primeira etapa do Universidade Gratuita, colocada em prática neste semestre. As mudanças no formato original do programa foram debatidas durante reunião conjunta do Fórum Parlamentar em Defesa das Instituições Comunitárias, do Fórum Parlamentar de Apoio ao Governo Aberto e da Comissão de Educação da Alesc.
Programa carece de ajustes pontuais
Neste semestre, a iniciativa contemplou 22.375 estudantes, dos quais 17.818 oriundos do Uniedu e 4.557 novos beneficiários. Para Napoleão, dois pontos específicos refletem a necessidade de ajustes pontuais.
Segundo informações prestadas, 52% dos recursos aportados no Universidade Gratuita foram absorvidos por estudantes de medicina, que representaram apenas 21% do total de atendidos. Ou seja, mais da metade do orçamento disponível foi utilizada para custear uma única área, enquanto todos os outros cursos e quase 80% dos demais alunos selecionados ficaram com um percentual menor.

A outra situação que chamou a atenção do parlamentar foi a utilização, pela Secretaria de Estado da Educação, do critério de priorização a partir da procedência dos estudantes, independentemente do seu índice de carência. Segundo os dados divulgados, 90% dos selecionados são oriundos de escolas públicas ou bolsistas de escolas particulares.
Antes de ser votado em Plenário, o pacote de ajustes ao Universidade Gratuita precisará passar pela apreciação de três comissões da Alesc: Constituição e Justiça, Finanças e Educação.