Socorro aos municípios vem do esforço conjunto dos poderes

Os R$ 150 milhões oriundos do esforço conjunto dos poderes de Santa Catarina, talvez ainda não sejam suficientes para reconstruir tudo o que foi perdido em razão das chuvas, alagamentos e outros problemas estruturais, em decorrência do chamado El Niño. No entanto é precioso valorizar e destacar o ato de aporte.

O esforço do Governo do Estado, da Assembleia Legislativa (Alesc), o Tribunal de Justiça (TJSC), o Tribunal de Contas (TCE) e do Ministério Público (MPSC), será para sempre lembrado. Os números mostram a dimensão dos estragos.

Em um intervalo de 60 dias, 70% dos municípios catarinenses acabaram sendo atingidos pelas chuvas, o que corresponde a 209 cidades: 195 prefeituras decretaram situação de emergência e outras 14 estão em estado de calamidade pública.

Pacote de ações

O dinheiro será, por certo, muito bem investido. Se não suficiente, será um alívio para os prejuízos sofridos por famílias, empresas, ou na área rural. Se precisava uma resposta dos nossos gestores, ela foi dada. Os casos mais emergentes serão os primeiros a serem contemplados, e assim, estimular o resgate da economia, o mais rápido possível.

O ato desta quarta-feira (29), no Teatro Pedro Ivo, em Florianópolis, faz parte do segundo pacote de ações do Programa Recupera SC. A partir de ações dessa magnitude, os catarinenses afetados pelo abalo climático conseguirão se reerguer. É sabido que a situação vivida não será a última. Porém, também estão sendo pensados projetos de contenção, para, pelo menos amenizar os efeitos das fortes chuvas.

Enfim. Registre-se que a Alesc contribuiu com R$ 30 milhões, o TJSC com R$ 13 milhões, o TCE também com R$ 13 milhões e o MPSC com R$ 10 milhões, mais o complemento do governo estadual, no valor de R$ 84 milhões. No total, 55% tem como fonte de repasse o Executivo e 45% os demais Poderes.

Em frente Santa Catarina

É com o espírito solidário que o enfrentamento acontece. Isso demonstra a boa relação entre os poderes, e a preocupação no geral, com as famílias atingidas pelas chuvas. Uma atitude longe da ideologia partidária, que atualmente se vê no âmbito nacional, infelizmente. É hora de reconstruir. As dificuldades são muitas, e novos adventos ainda deverão trazer novos prejuízos. Mas será assim, de novo, com união, se preciso for, e passo a passo ir superando as dificuldades.

Os recursos serão direcionados à reconstrução das estruturas públicas danificadas, estradas vicinais e para a compra de equipamentos que ajudem no trabalho de recuperação emergencial. Já na agricultura catarinense, o Recupera SC – 2ª etapa investirá cerca de R$ 120 milhões.

Com o aporte, o Governo de Santa Catarina irá viabilizar cerca de R$ 1,5 bilhão para as ações e em linhas de crédito para os produtores rurais. O prejuízo estimado pela Epagri e Secretaria de Estado da Agricultura chega a quase R$ 3 bilhões até o momento.

Reforço de R$ 453,7 milhões em TEVs

O governador Jorginho Mello também anunciou no evento uma nova rodada de autorizações das Transferências Especiais Voluntárias (TEVs) para os municípios catarinenses. Serão feitos mais 302 pagamentos para 138 prefeituras.

Os repasses totalizam R$ 453,7 milhões em investimentos até o início do segundo semestre de 2024. Somando as novas autorizações com o que já vem sendo pago, o Governo do Estado deve transferir aproximadamente R$ 900 milhões em TEVs aos municípios catarinenses em apenas um ano e meio de gestão.

Fotos: Bruno Collaço / Agência AL

Zanatta oficia TCU sobre gastos sem licitação de Ministério

A parlamentar Júlia Zanatta (PL/SC), no pleno direito de fiscalizar as ações governamentais, enviou nesta quinta-feira, 22, ao presidente do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas, ofício solicitando esclarecimentos sobre os gastos astronômicos realizados com dispensa de licitação pelo Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional. Zanatta, nos documentos, expõe que, de acordo com o portal da transparência, o ministério já gastou mais de R$ 500 milhões sem licitação nos primeiros seis meses do atual governo.

Deputada Júlia Zanatta – Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

Ela vai mais longe nas suas colocações. Segundo relata, para efeito de comparação, enquanto o Ministério da Integração do governo Lula já gastou 96,87% sem licitação antes de encerrar o primeiro semestre de 2023, esses gastos do mesmo Ministério no governo Bolsonaro somaram apenas 7% em 2019, 4% em 2020, 5% em 2021 e 1,6% em 2022. Ela espera que o TCU faça uma análise detalhada destes gastos concretizados nos primeiros meses do governo Lula.

Obras do Plano 1000 irão passar por auditoria

O governador Jorginho Mello (PL) vem sendo cobrado sobre a continuidade ou não do Plano 1000, implantado pelo governo anterior. Ainda em campanha firmou compromisso de avaliar o prosseguimento. Depois que o Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina – TCE-SC alertou a Assembleia Legislativa sobre o risco de inconstitucionalidade e fragilização do controle dos recursos públicos do Plano, tudo parou. Mas o assunto nunca saiu da pauta do atual governo.

Jorginho Mello busca uma saída política mais justa possível para finalizar as obras iniciadas pelo Plano 1000 / Foto: Bruno Collaço/ALESC

Agora, por intermédio da Controladoria-Geral do Estado (CGE), fará auditoria in loco para verificar a regularidade de obras realizadas com recursos estaduais transferidos aos municípios por meio do Plano 1000. Os trabalhos começam nesta semana e terão como foco construções e reformas de edificações que já receberam valores superiores a R$ 3 milhões do Estado.

Ao todo serão visitados 24 municípios de diferentes regiões de Santa Catarina. As obras que serão inspecionadas totalizam R$ 108,8 milhões em transferências especiais.

Auditorias em dois momentos

O Governo informa que a auditoria será feita em dois momentos. Num primeiro, junto às prefeituras, os auditores irão verificar a legalidade dos processos e a adequação orçamentária. Assim, se tudo estiver de acordo, poderão ainda analisar se há recursos para a conclusão dos trabalhos.

Num segundo momento farão a inspeção das obras para averiguar a efetividade dos investimentos. Caso encontrem eventuais problemas, vão procurar corrigir as falhas e levar adiante o compromisso de conclusão dos processos.

O Plano 1000

Carlos Moisés / Foto: Julio Cavalheiro/ Secom

Implantado pelo então governador Carlos Moisés (Republicanos), o plano 1000, previa investimentos de R$ 7,3 bilhões para a realização de obras estruturantes em todos os municípios de Santa Catarina. Logo na primeira etapa, a intenção era contemplar as 70 maiores cidades, porém, deveria chegar a todas os 295 municípios do Estado.

Pela ideia do Plano, a proposta era investir R$ 1 mil por habitante em obras que impactassem de forma positiva a qualidade de vida das pessoas. Para Carlos Moisés, a forma do projeto reforçaria o caráter municipalista da gestão de seu governo.

Teoricamente, uma ideia que daria vigor ao governo, e que também fortaleceria interesses eleitorais. Era clara a intenção de busca de favorecimento. Pois, o Plano, integral, previa investimentos à frente, nos quatro seguintes, num pretenso novo governo.

Novo formato

A CGE, em conjunto com a Secretaria da Fazenda, elaborou o novo decreto que estabelece regras para liberação das transferências especiais apresentadas e aprovadas em 2021 e 2022, publicado no Diário Oficial de 31 de março de 2023.

Os repasses serão condicionados à celebração de convênios, garantindo mais controle e transparência e atendendo recomendações do Ministério Público, do Tribunal de Contas e da própria CGE.

Após a celebração dos convênios que vão pagar os saldos das transferências especiais, a execução por parte dos municípios poderá ser acompanhada pelo portal www.sctransferencias.sc.gov.br.

Decisão política

Foto: Julio Cavalheiro / Arquivo / Secom

Por fim, o governo de Jorginho Mello procurou se precaver diante do Plano municipalista. Antes de simplesmente dar continuidade, buscou orientação técnica. Ao saber da inconstitucionalidade, paralisou o andamento, mas sem deixar de buscar nova alternativa para a viabilidade, e não deixar, pelo menos, as obras começadas em diversos municípios, paradas, e sem solução.

Portanto, a etapa das auditorias, vem justamente para entender em cada uma das obras iniciadas, como está o processo, e como poderá dar a elas a continuidade, sem ferir o processo legal. Os prefeitos, obviamente, vão ter de ser colaborativos com a auditoria, caso queiram ver a possibilidade de terem novamente a retomada das as obras já iniciadas.

Audiência no TCU para frear pedágios na BR 101/Sul

Entidade representativa dos prefeitos, a FECAM, entre outras autoridades política, inclusive, a deputada federal Carmen Zanotto (Cidadania) se busca todas as formas para barrar o edital de concessão da BR 101.

Nesta última terça-feira (11), em audiência no Tribunal de Contas da União foram apresentadas todas as irregularidades, pendências e complicações que envolvem a instalação de praças de pedágios no trecho Sul da BR 101, entre Paulo Lopes e São João do Sul, em cerca de 220 quilômetros.

Juridicamente, a FECAM encaminhou representação, com pedido liminar de suspensão ao TCU sobre a matéria e, aguarda agora, a apreciação da relatora, a ministra Ana Arraes.

Além da urgência para que não se avance na abertura do edital, o laudo apresentado pela FECAM aponta uma série de irregularidades e equívocos. Dentre eles, a defasada contagem de veículos (realizada no ano de 2015) e inconsistência na escolha do período do ano em que foi realizada a contagem.

Valor do pedágio

O Edital prevê uma tarifa-máxima de pedágio para veículos de passeio de R$ 5,19. Segundo o diretor, a FECAM não é contra a concessão da rodovia, mas atua para que o processo seja justo, com valores de pedágio acessíveis à população e que não impacte na economia regional.

Informações e foto: La Via Comunicação/Assessoria de Imprensa

FECAM articula suspensão de edital de concessão de pedágio

A Federação Catarinense de Municípios (FECAM), está determinada a fazer parar o processo que pode culminar com o pedagiamento da BR 101 Sul, da forma que está, com previsão de altos valores.

Nesta terça-feira (21/1), a entidade, juntamente com as três Associações de Municípios da região Sul de SC (AMESC, AMREC e AMUREL) apresentou o laudo encomendado pelo Sistema FECAM sobre o Edital de Pedágio da BR 101 Sul.

Com base no laudo foi protocolada representação no TCU na última semana, e ainda será encaminhada para o Ministério Público Estadual e Federal. Nas próximas horas a ação judicial que pede suspensão do edital de concessão 02/2019 será protocolada.

Reunião tratou de:

✅ Anúncio de encaminhamento de ação judicial que requer a suspensão do Edital de Concessão 02/2019 (Edital de pedágios da BR 101 trecho Sul);

✅Apresentação de informações sobre laudo técnico produzido pelo Sistema FECAM;

✅ Encaminhamento de representação administrativa ao TCU e informação ao Ministério Público Estadual e Federal que questionam os critérios adotados para o pedagiamento no trecho Sul da BR 101.

Foto: Veruska Tasca

Conta de luz poderá ter aumento em 2020

Os brasileiros poderão perceber a conta de luz mais cara a partir de 2020. O reajuste previsto tem uma média de 2,42%, segundo consulta pública aberta realizada na última semana pela Agência Nacional de Energia Elétrica, a Aneel.

O aumento será sobre o orçamento para a Conta de Desenvolvimento Energético, a CDE, que é um dos subsídios pagos pelos consumidores de energia.

O valor final do orçamento da CDE depende de uma decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que determinou a retirada da CDE de custos de subsídios que não estejam diretamente relacionados às políticas públicas do setor elétrico, como benefícios concedidos a atividades de irrigação na agricultura, por exemplo.

Foto: EBC