Servidor preso acusado de receber propina em Florianópolis

Notícia de que um servidor da Prefeitura de Florianópolis, da Fundação Municipal de Meio Ambiente (FLORAM), foi preso por supostamente estar recebimento de propina de uma empresa, para evitar demolição de uma obra, mexeu com a Capital, no último sábado, 16.

O prefeito Topázio Neto (PSD) disse estar perplexo, por não ter sabido da operação que vinha sendo investigada desde dezembro de 2022. Processo de demissão já foi aberto. Veja abaixo o que disse o prefeito da Capital.

Delação premiada evidencia detalhes da propina do lixo

Lages está diante de um dos maiores vexames da história política, em razão das revelações da Operação Mensageiro, e que mantém o prefeito Antônio Ceron e o ex-secretário da Semasa, ambos em prisão domiciliar, outros dois ex-secretários, da Fazenda e de Meio Ambiente, em regime fechado.

Nesta sexta-feira (9), a NSC TV trouxe à tona algumas revelações feitas através de delação premiada, envolvendo um dos suspeitos de envolvimento nos casos de propina entre a Secretaria de Águas e Saneamento, e a empresa que antes de chamava Serrana.

Na delação ele conta em detalhes como era feito o procedimento de propina, entregue em envelopes, com valores substanciais de R$ 50 mil.

Os envolvidos já se tornaram réus no processo, e seguem trabalhando na defesa. Enfim, como disse, trata-se de um momento complicado para os acusados, criando em Lages um clima de revolta e vergonha na população, por mais que, após, os réus sejam absolvidos.

Enquanto isso, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), da Semasa, avança, em busca de indícios de irregularidades nos contratos de empresas terceirizadas feitos com a referida autarquia.

A mais recente atividade da CPI foi a visita na sede da empresa de águas e saneamento de Lages, para entender a dinâmica dos serviços executados pelas empresas prestadoras de serviços terceirizados, e a própria atuação dos servidores.

Foto: Alex Branco

Mais de R$ 100 milhões rateados em forma de propina

A Operação Mensageiro que apura suspeita de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo em diversas regiões de Santa Catarina, a cada dia apresenta novidades.

Embora o processo ocorra em segredo de justiça, alguns fatores podem ser abertos a partir de informações oriundas de despacho do Supremo Tribunal Federal (STF), e que revela ser o maior e mais complexo esquema criminoso da história de Santa Catarina.

O esquema envolve funcionários da Serrana Engenharia, com sede em Joinville, que negociavam a vitória nas licitações em troca de propinas pagas a prefeitos. A empresa opera em vários municípios do Estado.

São inúmeros os indícios de fraudes, incluindo a facilitação de entrega de dinheiro vivo a prefeitos e outras autoridades. Inclusive, segundo informações, quantias vultuosas sendo entregues em frente à casa de um prefeito, e que há registro de filmagens.

Por hora, a Operação Mensageiro teve três fases, iniciada em 6 de dezembro de 2022, resultando na prisão de sete prefeitos. Até agora, foram expedidos 121 mandados de busca e apreensão, e 22 de prisão.

Informações dão conta de que o poderio financeiro dos envolvidos é tão grande que justifica a prisão preventiva de todos, até agora, para que não atrapalhem as investigações. Novos desdobramentos estão por acontecer.

Conforme até agora extraoficialmente, mais de R$ 100 milhões foram rateados em forma de propina, e em torno de R$ 430 milhões ilícitos, como sendo o lucro da empresa.

Foto: divulgação MPSC