Operação Mensageiro: mantidas condenações dos réus em Lages

O Tribunal de Justiça de Santa Catarina manteve, nesta quarta-feira (23), as condenações do ex-prefeito de Lages, Antônio Ceron (PSD), e dos ex-secretários municipais Antônio Arruda (Administração e Fazenda) e Eroni Delfes Rodrigues (Serviços Públicos e Meio Ambiente), no âmbito da Operação Mensageiro. A decisão reafirma as penas por crimes de corrupção passiva e organização criminosa.

Operação Mensageiro – Lages – Foto: MPSC

Com a nova análise, os desembargadores rejeitaram os embargos de declaração apresentados pelas defesas, que buscavam reverter ou atenuar as penas. Apesar disso, algumas correções técnicas foram aceitas — como a retirada de uma menção a arma de fogo e ajustes em trechos relacionados ao afastamento de funções públicas.

Pena reduzida por idade

A única alteração relevante nas sentenças foi a redução da pena de Antônio Arruda, agora fixada em 20 anos, 1 mês e 3 dias de prisão. A decisão levou em conta a atenuante da idade, já que Arruda tinha 70 anos à época dos crimes. As penas de Ceron e Eroni Delfes foram mantidas conforme o julgamento anterior: Ceron cumpre 9 anos e 8 meses em regime fechado, enquanto Delfes foi condenado a 24 anos de prisão.

Inelegíveis por oito anos

Com a decisão de hoje, também foi confirmada a inelegibilidade dos três réus por oito anos após o cumprimento das penas. Isso os afasta de qualquer disputa eleitoral por um longo período, inclusive das eleições municipais de 2028.

Recursos agora seguem ao STJ

Embora as condenações estejam mantidas em segunda instância, os réus seguem em liberdade, pois ainda cabe recurso junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). A defesa já anunciou que recorrerá da decisão.

A Operação Mensageiro investiga um amplo esquema de corrupção em contratos de coleta de lixo e serviços públicos envolvendo empresários e agentes políticos em diversas cidades catarinenses. Em Lages, os delatores apontaram repasses ilegais, uso de mochilas com dinheiro e até deslocamentos em aviões particulares para facilitar o pagamento de propina.

Escândalo da política lageana foi julgado com condenações

Em julgamento neste quinta-feira (27), o ex-prefeito Antonio Ceron e os ex-secretários Antonio Arrunda (Administração e Fazenda) e Eroni Delfes (Serviços Públicos e Meio Ambiente), foram condenados no âmbito da Operação Mensageiro. Trata-se de um dos maiores escândalos da política de Lages, dos últimos tempos. 

No entendimento dos desembargadores, a pena imposta ao ex-prefeito Ceron é de 9 anos, 8 meses e 6 dias de prisão. Além disso, terá de pagar 36 dias de multa. Enquanto isso, os ex-secretários foram condenados a 24 anos, um mês e 10 dias, cada um, de prisão, em razão do crime de corrupção ativa, passiva e por organização criminosa.

Por outro lado, outros seis réus, representantes da empresa Serrana Engenharia, tiveram condenações distintas, que variam de 10 a 12 anos de prisão.

Todos os atuais condenados, permanecem em liberdade, e poderão recorrer da decisão.

Direitos políticos

Dentro da condenação, também ficou decidida a perda dos direitos políticos de Antonio Ceron, pertencente ao PSD, por oito anos. Além disso ainda terá de ressarcir os cofres públicos.

O mesmo vale para os ex-secretários. Antonio Arruda, foi condenado à devolução de R$ 1,9 milhão, enquanto que Delfes terá que devolver cerca de R$ 115 mil. (Fonte: SSC 10)

Julgamento dos envolvidos de Lages na Operação Mensageiro

Está transcorrendo, nesta quinta-feira (27), o julgamento dos arrolados na Operação Mensageiro, de Lages, entre eles, o ex-prefeito Antonio Ceron, em Florianópolis.

Sessão de julgamento na 5 ª Câmera Criminal do TJSC / Foto: Cristiano Estrela NCI/TJSC

A decisão, que está em segundo grau, será tomada pela 5ª Câmara de Direito Criminal, com o devido manifesto do Ministério Público, também em segundo grau.

Operação Mensageiro

A Operação Mensageiro é uma investigação que começou em dezembro de 2022 e está focada em desvendar um esquema de corrupção em Santa Catarina, Brasil. A operação prendeu 17 prefeitos e outros agentes públicos, investigando principalmente o desvio de verbas públicas nas áreas de coleta de lixo e saneamento.

Propinas em licitações

A investigação apontou que uma empresa catarinense pagava propinas para obter licitações. O prefeito de Lages, Antônio Ceron, chegou a ser preso durante a segunda fase da Operação Mensageiro, que investiga suspeitas de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude em licitações.

Acompanhe em vídeo, o registro de um dos momentos do julgamento:

Operação Mensageiro: ex-prefeito de Lages será julgado

Está confirmada a nova data do julgamento do agora ex-prefeito de Lages, Antonio Ceron, e dois ex-secretários, que seguem mantidos na instância de segundo grau. O julgamento está marcado para o dia 27 de fevereiro, às 9hs, conforme publicação no Diário da Justiça.

O julgamento chegou a ser agendado para o dia 5 de dezembro de 2024, mas acabou sendo retirado da pauta.

Outros dois réus envolvidos, ligados à Semasa, respondem processo no âmbito da Comarca de Lages.

Adiado o julgamento de Ceron

Antonio Ceron/ Foto: reprodução

Estava previsto para esta quinta-feira (5), o julgamento do prefeito de Lages Antonio Ceron e os demais arrolados, na 5ª Câmara de Direito Criminal, no âmbito da Operação Mensageiro.

Já circula a informação de que o julgamento não vai mais ocorrer nesta data, e nem em outra deste ano de 2024, ficando, portanto, para 2025.

Consta no sistema do Tribunal de Justiça de SC, que o julgamento desta semana foi revisto e retirado da pauta. Resta agora, aguardar por novo agendamento, no ano que vem.

Operação Mensageiro e a data do julgamento

Lages não merecia estar passando por tantas situações vexatórias, envolvendo autoridades máximas do município, por corrupção. Seja como for, a data do dia 5 de dezembro deverá ser emblemática na cidade.

É que o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) definiu para este dia, a partir das 9hs, o julgamento do prefeito Antônio Ceron (Foto), e seus ex-secretários, o da Administração e Fazenda e do Meio Ambiente e Serviço Públicos, entre outros envolvidos. Todos arrolados no processo da Operação Mensageiro. Resta saber qual será o desfecho.

A decisão, que está em segundo grau, será tomada pela 5ª Câmara de Direito Criminal, com o devido manifesto do Ministério Público em segundo grau.

Em suma, a partir do julgamento, os desembargadores podem absolver todos; podem condenar, caso considerem as provas suficientes, ou ainda podem adiar, marcando outra data, a pedido da defesa, do Ministério Público ou por decisão da própria Câmara. Esta é a situação.

Vale lembrar ainda que seja qual for a decisão a ser tomada na 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, cabe recurso, tanto em âmbito de Tribunal de Justiça, no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A Operação Mensageiro

A Operação Mensageiro é uma investigação que começou em dezembro de 2022 e está focada em desvendar um esquema de corrupção em Santa Catarina, Brasil. A operação prendeu 17 prefeitos e outros agentes públicos, investigando principalmente o desvio de verbas públicas nas áreas de coleta de lixo e saneamento.

A investigação apontou que uma empresa catarinense pagava propinas para obter licitações. O prefeito de Lages, Antônio Ceron, chegou a ser preso durante a segunda fase da Operação Mensageiro, que investiga suspeitas de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude em licitações.

Posteriormente, a prisão preventiva de Ceron foi convertida em prisão domiciliar e ficou sendo monitorado com tornozeleira eletrônica. A operação é coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pelo Grupo Especial Anticorrupção (Geac).

Operação Mensageiro: agendado o julgamento de Ceron

O colega de Blog e que é também advogado, Edson Varela, trouxe a informação de que estará em pauta no dia 5 dezembro, o julgamento em primeira instância do prefeito de Lages, Antonio Ceron, no âmbito da Operação Mensageiro, em processo movido pelo Ministério Público.

A informação, consta também no Diário Eletrônico do TJ/SC de terça-feira, 19, com sessão programada para às 9h do dia 5 de dezembro. O julgamento será na 5ª Câmara Criminal.

No mesmo processo, também o envolvimento de outros dois ex-secretários municipais e os demais envolvidos, e que pertenciam a então empresa Serrana Engenharia.

Repercussão da Operação Coliseu em Lages

A nova operação na Prefeitura de Lages repercutiu, obviamente. É mais uma, marcando de forma melancólica o ciclo de oito anos da atual gestão.

Vale lembrar, em 2022, a Operação Mensageiro e que culminou com a prisão do prefeito e de alguns secretários, envolvendo fraude a licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro nos setores de coleta e destinação de lixo, de abastecimento de água e de iluminação pública, em diversas regiões de Santa Catarina.

Em março deste ano, a investida do Gaeco apontou condutas ilícitas na Diretoria de Trânsito (Diretran), ocasião em que houve apreensão de servidores públicos suspeitos. A razão: inserção de dados falsos de multas no sistema de informações em benefício de terceiros.

Neste mês de outubro, houve ainda o cumprimento de mais um mandado de busca e apreensão, na Diretran de Lages. E agora, a Operação Coliseu, na Fundação Cultural.

Nova gestão preocupada com o que vai encontrar

O vereador e vice-prefeito eleito em Lages, Jair Júnior (Podemos), sempre foi um forte fiscalizador da atual gestão, apontando diversas situações na tribuna da Câmara.

Jair Junior – Foto: Ascom Câmara de Vereadores

Nesta terça-feira (22), ele se pronunciou nas redes sociais sobre o fato de mais uma vez a Prefeitura de Lages estar sendo alvo de investigação do Gaeco.

Lembrou que em janeiro ele e Carmen Zanotto vão assumir a Prefeitura, e não sabem exatamente a dimensão e a quantidade de esquemas que vão encontrar. A promessa é fazer um “pente fino”, em todas as repartições da Prefeitura.