Terceiro dia de incêndio em reservatório de combustíveis

Em Chapecó, no Oeste do Estado, um incêndio de grandes proporções em uma distribuidora de combustíveis em chega ao terceiro dia. Veja como está a situação e o trabalho que vem sendo feito, com a informação do Corpo de Bombeiros.

O fogo atingiu tanques que armazenam cerca de dois milhões de litros de diesel, gasolina e álcool da empresa, localizada às margens da SC-480, no distrito de Marechal Bormann.

Novo ICMS da gasolina entra em vigor dia 1º de junho

Mudança na tributação segue determinação de Lei Federal e estabelece o imposto único de R$ 1,22 por litro de combustível em todo o País. As projeções da SEF/SC indicam que não deve haver aumento do preço nas bombas em SC.

Santa Catarina terá de implementar a alíquota uniforme do ICMS para a gasolina e o álcool anidro (misturado à gasolina) a partir desta quinta-feira, 1º de junho. O imposto destes combustíveis passará a ser o mesmo em todo o país: R$ 1,22 por litro.

A mudança no modelo de tributação obedece à legislação federal e, na prática, estabelece a cobrança de um valor fixo por litro (ad rem) no lugar de um percentual (ad valorem). É o chamado ICMS monofásico.

O que muda a partir do dia 1º de junho

Com o fim da cobrança em percentual, a partir de 1º de junho o imposto da gasolina será fixado em R$ 1,22 por litro. Em Santa Catarina, o ICMS da gasolina está atualmente fixado em 17%, o que representa R$ 0,95 em imposto por litro – com a monofasia, o imposto sobe em média R$ 0,27 centavos por litro.

Com a mudança no modelo e a cobrança do valor fixo, não haverá mais a incidência desta alíquota. Apesar de o novo cálculo implicar em aumento do imposto, as projeções mostram que o litro da gasolina deverá permanecer no patamar de R$ 5,40 em SC, uma vez que a recente queda do preço de venda para as distribuidoras compensa a diferença na cobrança do imposto.

Impacto na arrecadação

A Secretaria de Estado da Fazenda calcula que a implantação do ICMS monofásico deve garantir um aumento mensal de R$ 40 milhões na arrecadação de impostos com a gasolina. Somando o valor aos R$ 45 milhões por mês extras com a arrecadação do diesel, serão R$ 85 milhões mensais extras em receita tributária para o Estado.

O valor não compensa as perdas de R$ 300 milhões ao mês que Santa Catarina vem registrando desde a implementação da Lei Complementar 194/2022, também do Governo Federal, em julho do ano passado. Pelo menos metade desse valor é atribuído a perdas com os combustíveis.

Foto: Ricardo Wolffenbüttel / Secom

Valor fixo do ICMS nos combustíveis em Santa Catarina

Como já foi divulgado, o Governo Federal, a partir da Lei Complementar Federal 192/2022, mudou a o cálculo do imposto, que passará a ter valor fixo por litro, no lugar da cobrança em percentual, estipulada por cada Estado. Diante disso, talvez com receio de reações negativas, o Governo de Santa Catarina decidiu antecipar a informação da mudança.


Por determinação federal, combustíveis terão cobrança de valor fixo de ICMS em todo o Brasil / Foto: Ricardo Wolffenbuttel / Secom

Segundo justificativa, o que se pretende é evitar uma série de problemas legais, mediante a implementação da alíquota do ICMS, e que recai no diesel, biodiesel, GLP (gás de cozinha), gasolina e álcool anidro. O novo cálculo entra em vigor em 1º de maio para o diesel e o gás de cozinha e em 1º de junho para a gasolina e o álcool anidro.

O governador Jorginho Mello deu sinais de preocupação. Afirmou que é preciso deixar claro que os Estados não têm alternativa nesse caso, que não se trata de decisão do Governo de Santa Catarina. Porém, também não mostrou nenhuma contrariedade.

A mudança do cálculo do ICMS nos combustíveis irá significar um reforço generoso no caixa dos estados. Bom também para os interesses da esfera federal.

Para se ter ideia, o ICMS da gasolina, a partir de 1º de junho, fixado em R$ 1,22 por litro, irá propiciar, em Santa Catarina, R$ 0,27 de aumento de imposto por litro – hoje o ICMS da gasolina está fixado em 17%, o que representa R$ 0,95 em imposto no litro da gasolina. Com a implantação do valor fixo, não haverá mais a incidência desta alíquota. Ratificado o acordo entre os Estados, o litro da gasolina passará dos atuais R$ 5,64 para R$ 5,91 em SC.

Novo regime é menos complexo

Ainda seguindo as explicações da área fazendária do Governo de SC, o novo regime simplifica o modelo tributário atual, considerando mais complexo e que dá margem à insegurança jurídica. A cobrança em um único elo da cadeia produtiva, de forma definitiva, reduz a possibilidade de sonegação e facilita a fiscalização.

Atualmente, cada Estado pratica uma cobrança diferente e o ICMS incide sobre o produtor/importador, distribuidor e posto revendedor. Com a mudança, os combustíveis terão alíquotas uniformes em todo o território nacional e serão tributados uma única vez pelo ICMS, por isso a definição de “monofásico”.

O recolhimento do ICMS ocorre na refinaria e não há incidência de ICMS na distribuidora ou mesmo nos postos. Mesmo sem apontar cálculos, a Secretaria da Fazenda se limitou a dizer que o Estado vem perdendo cerca de R$ 300 milhões mensais desde a implementação da Lei Complementar 194/2022, também do Governo Federal, em julho do ano passado.

Por fim, o que vem pela frente, onera o consumidor, e facilita a vida dos governos, sem pensar no aumento de custos em todo o resto da cadeia produtiva.

Estados querem compensação pelas perdas do ICMS

Eis uma questão que deveria estar tirando o sono dos brasileiros. Os governadores ainda estão tentando alguma forma de reverter ou pelo menos encontrar uma maneira de compensar a perda de arrecadação oriunda do ICMS, devido à redução da alíquota pertinente aos combustíveis.

Fórum de Governadores com o presidente Lula (Foto: Eduardo Valente / Secom)

Estima-se que as perdas girem em torno dos R$ 30 bilhões. Somente Santa Catarina o valor pode chegar a R$1,5 bilhão. A redução dos ICMS nos estados é resultado de lei sancionada pelo então presidente Jair Bolsonaro.

Assim, a lei aprovada pelo Congresso recomendou que o ICMS cobrado sobre combustíveis, energia elétrica, transporte e comunicações adotasse a alíquota básica, que varia entre 17% e 18% nos estados.

Dá para imaginar o quanto os consumidores estariam hoje pagando nos combustíveis, sem a dita Lei. E, se ela cair, preparem-se para uma alta do preço da gasolina, estratosférica. Os governadores estão cientes disso.

Parlamento torna lei a medida que reduziu a alíquota do ICMS

O Plenário da Alesc aprovou por unanimidade a conversão em lei de duas Medidas Provisórias editadas pelo governo do Estado que reduziram os valores de combustíveis e da energia elétrica em Santa Catarina.

Foto: Bruno Collaço / AGÊNCIA AL

Na prática, o Parlamento torna lei a medida que reduziu a alíquota do ICMS para a eletricidade, a gasolina e o etanol de 25% para 17%, seguindo a lei complementar federal aprovada pelo Congresso Nacional em junho.

Senado aprova projeto que limita ICMS dos combustíveis

O Senado aprovou nesta terça-feira (13) o Projeto de Lei Complementar (PLP) 18/2022, que limita a aplicação de alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis, gás natural, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo. Foram 65 votos a favor e 12 contrários. O projeto volta para a Câmara para nova análise após as emendas inseridas no texto.

Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa ordinária semipresencial. (Foto: Renato de Sá ./ Agência Senado

Segundo a proposta, esses produtos devem ser classificados como essenciais e indispensáveis, levando à fixação da alíquota do ICMS em um patamar máximo de 17%, inferior à praticada pelos estados atualmente. O texto também prevê a compensação da União às perdas de receita dos estados.

O objetivo do projeto é provocar a redução no valor dos combustíveis na bomba, aliviando o gasto do consumidor com gasolina, que supera os R$ 7 o litro no país, e com o diesel, beneficiando também caminhoneiros e transportadores. O PLP também busca reduzir o valor do gás de cozinha e da conta de luz. (Fonte: Agência Brasil).

Bolsonaro propõe ressarcir estados em troca de ICMS zero

O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta segunda-feira (6), em uma declaração à imprensa, uma proposta para reduzir os impostos estaduais sobre os combustíveis em troca do ressarcimento da perda de receita com recursos federais.

Os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, da República, Jair Bolsonaro e da Câmara, Arthur Lira, durante coletiva sobre a situação dos combustíveis em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, em Brasília.

A ideia é aprovar uma proposta de emenda constitucional (PEC) que autorize os estados a zerarem o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que incidem sobre o óleo diesel e o gás de cozinha (GLP).

Ao fazerem isso, os governos estaduais contariam com uma compensação financeira equivalente à receita que deixaria de ser arrecadada.

Assegurar aprovação

Para ser viabilizada, a proposta do governo precisa assegurar a aprovação do projeto que limita a aplicação de alíquota do ICMS sobre bens e serviços relacionados a combustíveis, gás natural, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo.

O projeto de lei complementar (PLP), que passou pela Câmara e agora está em análise no Senado, fixa a alíquota desse imposto em, no máximo 17% sobre esses setores, e também prevê mecanismos de compensação aos estados

A proposta

Pela ideia do governo, a PEC serviria para compensar os estados com um eventual zeramento do ICMS do que ficar abaixo do teto de 17%, caso o Senado aprove o projeto de lei em tramitação na Casa. “A ideia é que uma parte venha por esse teto de 17%, ou seja a colaboração dos estados e dos municípios. E o governo federal, por outro lado, transferindo recursos para qualquer redução de impostos que vá além disso”, explicou o ministro Paulo Guedes. A medida teria validade até o dia 31 de dezembro deste ano. (Fonte: Agência Brasil)

Governadores planejam derrubar via STF a lei do ICMS

Sabe-se que os governadores planejam ir ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o projeto aprovado na semana passada, dia 10 pelo Senado que altera a forma de cobrança do ICMS. Segundo o governador do Piauí, Wellington Dias, o texto é inconstitucional.

Ele garante que irão ao STF evitar prejuízo para o povo. O governador é coordenador do Fórum Nacional dos Governadores.

Vale dizer, que, sem vetos, foi publicada em edição extraordinária do Diário Oficial da União, na sexta-feira (11), a Lei Complementar 192, de 2022, que altera a regra de incidência do ICMS sobre os combustíveis para ajudar a frear os preços nas bombas.

Na semana passada, a Petrobras anunciou novo reajuste, com alta de 18,8% para a gasolina e de 24,9% para o diesel, alguns dos produtos que mais inflacionaram o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nos últimos doze meses.

O que está sendo feito é uma tentativa para reduzir o custo dos combustíveis na bomba, em benefício aos consumidores. Imagino que, se os governadores garantirem a derrubada da lei junto ao STF, a resposta poderá ser dada nas eleições, especialmente àqueles que estarão buscando a reeleição, inclusive, Santa Catarina.

Foto: Folha do Piauí