Passo para organizar os catadores da região

Em primeiro lugar, vale parabenizar pela iniciativa da realização do Encontro de Catadores de Resíduos Recicláveis da Serra Catarinense.

Catadores uniplacA promoção foi da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares – ITCP, em uma importante parceria com o CISAMA.

O PIGIRS – Plano Intermunicipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos está sendo debatido em diversas esferas na sociedade serrana e tem como metas implantar cinco aterros sanitários de pequeno porte em pontos estratégicos da região.

O evento marcou o início do processo de organização da categoria de catadores, com a expectativa de que estejam organizados juridicamente a partir de 2015.

Catadores Uniplac1E mais. Os catadores lutam para que o Plano Nacional de Resíduos Sólidos seja aplicado em todo o estado, e, principalmente, inclua os catadores num plano de remuneração.

A queixa é que, de forma invisível, eles fazem um trabalho de limpeza das cidades, e que poderiam ter as associações contratadas sem licitação.

O Poder Público precisa olhar para a classe com outros olhos. Eles querem ser vistos como profissionais, e serem valorizados.

Catadores Uniplac2Hoje, eles atuam de forma individual e desorganizados. Estão nãos mãos de atravessadores.

A proposta do encontro é fortalecer a classe criando associações em 17 municípios da Amures.

Encontro regional de catadores na Uniplac

catadoresComo é saber que a preocupação com a classe dos catadores de resíduos recicláveis se amplia.

Prova disso, a realização do I Encontro de Catadores de Resíduos Recicláveis do território do Planalto Serrano Catarinense, promovido pelo Consórcio Intermunicipal Serra Catarinense (CISAMA) e Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da Universidade do Planalto Catarinense (ITCP UNIPLAC).

Assim, nesta sexta-feira (21), durante todo o dia no Salão de Atos da Uniplac, serão tratados temas relacionados com a organização dos catadores de resíduos sólidos de cada um dos dezessete municípios da Amures.

O encontro deverá alavancar o início do processo de organização de catadores na região no contexto da política nacional de resíduos sólidos. É por aí!

Apresentado o Plano Municipal de Coleta Seletiva

Antes de mais nada, uma pena a ausência da maioria dos vereadores, justamente quando foi apresentado um dos projetos mais importantes para futuro de Lages. Apenas Juliano Polese e Aida Hoffer, acompanharam a explanação do diagnóstico do Plano Municipal de Coleta Seletiva, na noite desta quarta-feira (01), na própria Câmara, feita pela empresa Ampla Consultoria e Planejamento.

Plano2Menos mal, que este é apenas o primeiro evento de mobilização social, visando implantar em Lages um sistema operacional para os próximos 20 anos.

O diagnóstico já está pronto, e mostra a realidade hoje de Lages, e quais os planos daqui para frente, seguindo obviamente a Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Para tanto, é preciso também que se aplique o conceito da Responsabilidade Compartilhada, ou seja, do engajamento completo do setor empresarial, dos consumidores, e do Poder Público. A população, igualmente deverá ter a obrigação em participar do processo.

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O diagnóstico em números

Atualmente apenas três veículos fazem a coleta de resíduos secos em Lages, numa abrangência de 65% das vias da cidade, em 21 setores de coleta semanal nos bairros, e diariamente, no Centro. Nesse caso, o problema, é a variação dos trechos percorridos, de 10 a 50 km.

Plano1Estima-se que existam em Lages, cerca de 230 catadores e aproximadamente o mesmo número de carroceiros.

A coleta hoje alcança 34% de resíduos orgânicos; 26% de rejeitos e 40% de resíduos secos.

Resumindo: no geral, tudo isso representa apenas 2% da coleta seletiva em Lages. E, de resíduos secos, somente 4,08%. Muitíssimo baixo.

A justificativa para tão pouco recolhimento pode estar na mistura de todos os tipos de resíduos; na desistência das pessoas em praticar a seleção, ou ainda falta de estímulos.

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Meta a ser atingida

A meta é chegar ao ano dois do processo, ou seja, já em 2015, no mínimo com 10% na coleta seletiva no município. Em 20%, no ano seguinte, e em 7 anos, estar com 70%.

Todos sabem que a tendência é de que, a produção do lixo só aumente, mas, num processo de política reversa, organização, investimentos do Poder Público, muita educação e discernimento das obrigações, a proposta é de que cada vez menos lixo possa ir para o Aterro Sanitário.

Plano3Por fim, precisamos todos aprender a tirar proveito do lixo, não apenas, os catadores e os empresários do setor.

Como parte do projeto Vida e Natureza, estarei cada vez mais atento a todas as questões ambientais do Município e do Estado, a partir de agora.

O Plano de Coleta Seletiva em Lages já devia estar pronto há muitos anos. De qualquer maneira, espero que daqui para frente, só avance, e se concretize.

Não deixe de conferir o portal Vida e Natureza

(www.vidaenatureza.com.br)

Lages projeta aumentar a colete seletiva de lixo

Desde abril está sendo articulada a implantação do Plano de Coleta Seletiva em Lages, com objetivo de tornar-se modelo de política pública de resíduos sólidos, com inclusão social e geração de trabalho para população de baixa renda.

Lages projetaReunião serviu para planejar as próximas ações

Na quarta-feira (1) será realizada uma mobilização social na Câmara de Vereadores, às 19h, com a participação da comunidade.

A meta é, até 2015, aumentar em pelo menos 40% a coleta seletiva em Lages.

O evento servirá para a população lageana conhecer o diagnóstico do plano e metas que o município deverá cumprir, além da elaboração de um plano de ações que deverão ser executadas nos próximos 20 anos.

Casos de sucesso de outros municípios e Estados estão sendo conhecidos pela administração municipal, verificando o que poderia ser adequado para a realidade de Lages.

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Catadores

Foi contabilizado o número de catadores informais que atuam no município e conhecido o perfil destas pessoas, que sobrevivem da atividade.

catadoresTambém foi apontada a quantidade de atravessadores que compram o material dos catadores e revendem posteriormente, diminuindo o lucro efetivo dos trabalhadores.

Um levantamento realizado com auxílio das agentes comunitárias de saúde aponta que aproximadamente 250 famílias sobrevivem da coleta e comercialização de lixo reciclável.

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Aterro sanitário

O gerente ambiental da Secretaria do Meio Ambiente, Rodrigo Ataíde, explica que, caso continuasse neste ritmo, logo o aterro sanitário estaria operando no limite da sua capacidade.

O espaço foi projetado para durar 20 anos, mas aos oito já precisamos expandir sua capacidade com a implantação de três novas células de armazenamento.

O aterro sanitário recebe em média 96 toneladas de lixo por dia de Lages e municípios da região.