“Sem carimbo” quanto à devolução dos recursos da União

O líder do Governo, na Alesc, o deputado Marcius Machado (PL) foi à tribuna nesta terça-feira (16) e falou a respeito da decisão do Governo do Estado, em querer os recursos da União depositados em seus cofres, para que sejam aplicados onde bem quiser, e não aceitar a proposta federal de devolver através de obras, ou seja, sem carimbo.

Deputado Marcius Machado (PL) / Foto: Bruno Collaço / Agência AL

A devolutiva do dinheiro é muito importante, mas para empregar os recursos onde o governo entender, seja em rodovias, na saúde. Claro que queremos o dinheiro”, concluiu Marcius.

Na mesma sessão, o deputado do Partido dos Trabalhadores (PT), Fabiano da Luz, rebateu a proposta feita por Jorginho Mello, de recusar a devolução dos recursos de R$ 465 milhões por meio de obras federais no Estado. O deputado falou em desprezo pelo dinheiro.

Enfim, a esfera federal deve, isso é fato. Porém, a forma da devolução é a questão em debate.

Distrato com empresa na Serra

Outro assunto abordado pelo deputado Marcius na tribuna, tratou do pedido de distrato com a empresa que executa obras de pavimentação na SC 350, na Serra, atendendo ao apelo das comunidades de Urubici e Rio Rufino. Há um forte apelo para que as obras tenham um ritmo mais acelerado.

A Secretaria de Infraestrutura já notificou a empresa que executa as obras pavimentação de um trecho de 6 km da rodovia. O problema denota incapacidade da empresa. Marcius, portanto, ressalta exatamente a falta de capacidade técnica, por isso o rompimento do contrato.

Mais pressão na devolução dos recursos da União à SC

Importante a decisão de fazer com que uma frente parlamentar acompanhe, muito próxima, do desenrolar da devolução dos recursos da União para Santa Catarina. Afinal, são R$ 465 milhões em jogo, aplicados em rodovias federais no Estado.

O anúncio da criação da Frente Parlamentar Mista ocorreu na sessão de terça-feira (11), da Assembleia Legislativa / Foto: Bruno Collaço / Agência AL

A Frente irá atuar de forma mista, ou seja, integrada por deputados estaduais, federais e senadores. Por outro lado, resta acreditar na promessa de devolução feita pelo próprio ministro Renan Filho. A devolução torna-se fundamental, influenciando até mesmo na relação entre os governos.

A união dos parlamentares motiva mais uma forte pressão, e pode tornar mais célere a decisão da esfera federal, em devolver o valor, mesmo que seja através de obras, conforme acordado.