A representação política de Santa Catarina não soube lidar até agora com as questões das melhorias da infraestrutura rodoviária no Estado. Assim, os empresários decidiram agir.
Nesta segunda-feira (29), a FESC lançou petição em parceria com o Grupo ND, na presença de lideranças empresariais, parlamentares, autoridades e representantes da sociedade civil.
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O manifesto dos empresários
“Santa Catarina convive com tragédias e prejuízos em função do estado precário das rodovias federais. Por isso, todos os catarinenses podem e devem participar do abaixo-assinado que estamos lançando hoje”, enfatizou o presidente da FIESC, Mario Aguiar. “Sabemos que vários investimentos são necessários.
Não podemos nos contentar apenas com as rodovias, SC é merecedora de um complexo ferroviário, para continuar a ser destaque nacional em termos de desenvolvimento e de qualidade de vida.
Vamos mostrar a todos os parlamentares a nossa indignação com a falta de investimentos”, acrescentou. No próximo dia 6, a Federação lança agenda da infraestrutura demonstrando que o estado suporta e precisa de investimentos no modal ferroviário.
Apoio do Governo de SC
O governador Carlos Moisés lembrou que a infraestrutura é uma das bandeiras de sua gestão. “Estamos conseguindo avançar porque os prefeitos estão dando essa condição. Estamos investindo nos municípios mais de R$ 3 bilhões, que incluem iniciativas em infraestrutura.
Separamos mais R$ 50 milhões do nosso orçamento para colocar à disposição do governo federal para que o ministério da infraestrutura possa fazer, pelo menos, as terceiras faixas da BR-282. Não firmamos convênio ainda porque o ministério não tem projeto para a 282”, adiantou Moisés.
O governo também estuda a implantação de uma rodovia litorânea que ligará Joinville ao contorno viário da Grande Florianópolis.
Número assustador de acidentes
De acordo com pesquisa da CNT, em conjunto com a PRF, em 2020 Santa Catarina ocupou a segunda posição no ranking nacional de acidentes de trânsito. Entre 2011 e 2020 foram 134.222.
Os custos com o sistema de saúde e danos materiais alcançaram o valor de R$ 18,6 bilhões – muito mais do que os investimentos necessários para manter uma razoável estrutura rodoviária.
O que está sendo pedido
Estão na pauta do abaixo-assinado as obras de duplicação de rodovias estratégicas, que têm sido postergadas por anos; estradas em estado precário, que exigem restauração; e medidas para melhorar a segurança e eficiência dos corredores logísticos estratégicos. “O atual cenário implica prejuízos sociais, econômicos e ambientais inestimáveis e ameaça todos os setores econômicos – indústria, comércio, serviços, turismo e agropecuária. Este abaixo-assinado será entregue ao presidente da República”, informou o presidente da FIESC.