Por onde a Chapecoense passa ou joga, há um respeito diferenciado. Torcedores, mesmo adversários, a vê com outros olhos. Um misto de admiração aflora.
Não foi diferente em Lages na partida deste sábado (11), onde, o torcedor do Inter também prestou homenagem gritando “Vamos, Vamos Chape”, pouco antes de a bola rolar.
A aproximação das torcidas começou ainda pela manhã, nas ruas de Lages, em carreata.
A presença de Rafael Helzel, radialista sobrevivente da tragédia da Chape, que fez em Lages, a segunda transmissão dele fora de Chapecó pela Rádio Oeste Capital FM, depois do acidente .
Rever o amigo foi uma das maiores alegrias. Obviamente não pude deixar de fazer com ele uma selfie.
Henzel, em função do que passou se transformou numa celebridade, um símbolo de vida, e o mais importante, mantém total humildade.
Em Lages, ao andar pelos gramados do Tio Vida, todos o reconheceram, e foi tirando fotos. Nesta, comigo junto, os amigos Mário Tomasi e Tadeu Costa, de Chapecó, e Nilson Cruz, da FME de Lages.
A jornalista da RBS Eduarda Demeneck também aproveitou e pediu para que a fotografasse ao lado dele.
E assim foi. Aqui, o radialista e jornalista Vantuir Reche. Depois dele, outras e outras fotos. E, em todas as ocasiões, sempre solícito.
Já nas lentes do fotógrafo Zé Rabelo outros registros que compuseram o cenário do jogo, em que os torcedores da Chapecoense foram os protagonistas.
O número era grande. Cerca de 200 torcedores da Chape, por várias ocasiões fizeram mais barulho do que a própria torcida do Inter.
Mas que nada. O zero a zero da partida acabou sendo um resultado justo pelo que as duas equipes apresentaram.
Este moço de verde, entre a torcida da Chapecoense é o Júlio. Para quem não sabe, é por causa dele que nasceu em Lages o Julius Café, na Nereu Ramos. O café era dele.
E por fim, ver a Chape em campo, depois de tudo o que aconteceu, será sempre a imagem do renascimento de um grande clube de Santa Catarina.
(Fotos: Zé Rabelo, Nilton Wolff e Paulo Chagas)