A chacina no município de Saudades, no Oeste do Estado, considerada um massacre escolar com infanticídio ocorrida em 4 de maio de 2021 na escola municipal de educação infantil Aquarela, culminou com a morte de três bebês e duas professoras. O autor está preso e é acusado ainda de outras 14 tentativas de homicídio.
Em Saudades, no dia 4 de maio de 2021 / Foto: Paulo Chagas
O problema é que esse acontecimento não foi motivo suficiente para que houvesse uma reação política no Estado, visando aumentar a segurança nas escolas, com raras exceções.
Cito o exemplo de Chapecó que na época do incidente, já começou a adotar medidas preventivas, e, mais recentemente, a instalação de portas giratórias, semelhantes às utilizadas pelos bancos, e com detector de metais. Após o ataque em creche de Blumenau, nesta quarta-feira (5), o prefeito João Rodrigues anunciou novas medidas.
Entre elas, o remanejamento de cerca de 50 vigias que estão em praças e prédios públicos e 40 guardas municipais para as 84 unidades escolares. Além disso, também pediu o apoio da Polícia Militar e Polícia Civil para colaborar com as outras demandas.
Prefeito de Chapecó, João Rodrigues, anuncia novas medidas de segurança / Foto: Ana Lucietto
Paralelamente o Prefeito informou que vai encaminhar com urgência um projeto para a Câmara de Vereadores, para contratação de 100 agentes de segurança em instituições de Educação. Esses agentes serão selecionados entre policiais aposentados ou então reformados das Forças Armadas. Também serão comprados equipamentos de segurança.
Cito estas ações do gestor de Chapecó, para que sirvam de modelo para os demais municípios. Vale dizer, que tais ações de segurança já vêm sendo providenciadas desde 2021.
Soube também que o prefeito de Rio do Sul, José Thomé, autorizou a contratação de profissionais de segurança privada para cada uma das 25 unidades educacionais do município, incluindo escolas e creches. O mesmo foi feito pela Prefeitura de Correia Pinto, na Serra Catarinense.