A coletiva à imprensa, na Prefeitura de Lages, na manhã desta segunda-feira (22), teve ingredientes diferenciados devido à repercussão, na semana passada, sobre o uso dos cartões corporativos e que constavam gastos em nome do secretário de Planejamento e Obras, Clayton Bortoluzzi, e do superintendente da Fundação Cultural Gilberto Ronconi. Ambos os casos já foram justiçados, mas, mesmo assim, o prefeito Antonio Ceron pediu a instauração de processo administrativo, e quer o resultado em 30 dias.
Por outro lado, taxou as colocações de alguns espaços na imprensa, de ilações marotas e com consequências à vida pessoal. Pois, no caso de Claynton, por exemplo, nunca comprou em seu cartão o que foi relatado, e sim, com recursos de uma fonte coletiva. Revelou que houve gastos, mas para uma confraternização para o dia das mães entre funcionários. Sobre o carro lavado, comprovou ser o de um gol da própria repartição, e não particular, e que faz parte da manutenção natural da frota.
Porém, o que mais se evidenciou foi a chateação do prefeito, com a forma em que o fato foi explorado pelos gastos de R$ 65,00 e R$ 100 reais respectivamente.
Pediu que a imprensa dê seriedade aos fatos, mas sem machucar ninguém, apenas por vingança política. Falou que parece ser uma coisa orquestrada com o objetivo de apenas falar mal e pronto. Isso, sem sequer ouvir os dois lados antes de lançar o que chamam de notícia. E, ouvir os dois lados que é o princípio básico do jornalismo.
“Aqui não é a casa da mãe Joana. Não estamos aqui para fazer bandalheira. Sou casa grossa, mas respeito a empresa de comunicação que ataca, mas que faz isso para tentar ganhar as eleições daqui há dois anos. Quem é que nãos sabe disso”? Tudo foi dito sem citar nomes.
E mais. Disse que se for preciso, citem ele e seu CPF, mas não prejudiquem a cidade no dia a dia, e que o que estão fazendo não é justo, só para obter dividendos políticos mais à frente.
Aliás, entre as colocações chamou atenção o que declarou a secretária de Saúde, Odila Waldrich, de que não faz uso do cartão corporativo para evitar esse tipo de acusação. Disse que viaja quase todas as semanas para Florianópolis e paga Hotel e refeições do próprio bolso. O que acho um absurdo. No entanto, ela faz assim exatamente por medo de acusações indevidas.