Há anos tenho atuado nos bastidores da Expolages, por meio da assessoria de imprensa da Associação e Sindicato Rural de Lages. Confesso que, em comparação com as feiras anteriores, a deste ano, se superou.
Não vou entrar em detalhes no que tange às prospecções da movimentação econômica, embora a previsão seja muito boa. Pois, somente nos leilões de animais, o faturamento deve se situar em torno de R$ 4 milhões.
No geral, avaliando a participação dos expositores, tanto na área externa quanto na interna, o bom gosto e a excelente estrutura foram magníficos. Uma demonstração de crescimento e de ampla oportunidade de negócios, nos mais diversos setores.
Houve a concretização de comércio, desde um pote de mel até um maquinário agrícola de alto valor. Isso sem falar do desfile de animais que foram julgados e vendidos através dos leilões.
Impressionante a qualidade dos bichos, concebidos e alinhados pelo magnífico padrão genético, com níveis sanitários indiscutíveis. Aliás, nesses quesitos, os produtores serranos dão show, independente de raça, incluindo os bovinos, os equinos e os ovinos.
A projeção alcançada da Expolages 2024, reflete o empenho dos organizadores, ou seja, da diretoria da Associação e Sindicato Rural, e da Associação Empresarial de Lages (ACIL), com já trouxeram a promessa de apresentar novidades no formato de 2025, e desde já, com lista de espera.
Até não sei se consegui traduzir meu pensamento, pois, sou suspeito, por estar diretamente envolvido com o evento. Sei, no entanto, que ao lado de profissionais da comunicação competentes, acredito que o objetivo da projeção da Expolages, foi alcançado.
Sucesso da feira, com o esforço de todos!
Enfim, uma feira completamente nossa, de traquejo lageano e serrano. E não valorizar a sua existência, é dar as costas à própria cultura e a importância da economia local.
Seja como for, de tudo o que disse aqui, pode ser contemplado na superprodução do colega Marlon Sá Molim. É aí a que me refiro! Confira!
A Feira de Gado Geral, denominada de Feira de Inverno, promovida pela Associação e Sindicato Rural de Lages tem se tornado a última alternativa para atender à demanda de produtores, no primeiro semestre, embora com oferta menor de animais.
Mesmo assim, na noite desta segunda-feira (10), a pista de remates José Arruda Ramos, no Parque Conta Dinheiro, em Lages, reservou espaço para bons negócios, com a venda dos 151 animais, distribuídos em 36 lotes.
Houve a oferta de bois, novilhas, terneiras, vacas prenhes, vacas vazias e vacas com cria. Todos os animais foram vendidos, totalizando R$ 506 mil 430 no fechamento do leilão.
Mais de R$ 4,6 milhões em faturamento
A temporada de negócios da entidade rural de Lages começa sempre pela Feira do Terneiro e da Terneira, em maio, e que, neste ano, precisou realizar três etapas, devido à grande oferta. Além do leilão de animais jovens, também acontece em paralelo, a já tradicional Feira de Gado Geral.
Os eventos se transformam nas maiores ofertas de animais de Santa Catarina. A temporada do primeiro semestre, portanto, teve cinco leilões. Foram comercializados ao todo, exatos 1.758 animais, totalizando um movimento econômico de R$ 4 milhões 617 mil e 870 reais.
Em Lages, na Serra Catarinense é onde acontecem as maiores feiras de animais de Santa Catarina. E, na temporada de animais jovens é trazido ao Parque Conta Dinheiro, sob a coordenação da Associação e Sindicato Rural, expressivo número de animais.
Este ano, em razão da alta demanda, foram necessárias três etapas da Feira do Terneiro (a), realizadas em datas distintas: 4/05; 11/05 e, nesta segunda-feira (13), antecedendo o leilão da Feira de Gado Geral, quando comercializou mais 304 animais, totalizando exatos 1.607.
Somados ao leilão de Gado Geral (180), foram, portanto, mais de 1,8 mil animais vendidos ao bater do martelo do leiloeiro, consolidando um fechamento de R$ 4 milhões 111 mil e 440.
No tocante aos preços médios dos terneiros e das terneiras, houve uma pequena oscilação para baixo, mas, em todas as três etapas se mantiveram acima dos R$ 10,00.
Nesta última etapa, na noite desta segunda-feira (13), os valores médios por quilo foram de R$ 10,04 para as fêmeas e de R$ 10,52 para os machos. No Gado Geral, as Vacas Prenhas (R$8,30); Vacas Novas (R$10,82); Novilhas (R$11,51), Bois (R$9,24); e Vacas Vazias (R$6.57).
O presidente do Sindicato Rural de Lages, avalia o resultado dos leilões, e também fala de um novo evento e do trabalho solidário em prol e outra entidade do RS, assolada pela enchente.
A qualidade e o grande número de animais são característicos nos leilões promovidos pela Associação e Sindicato Rural de Lages, no Parque Conta Dinheiro. Neste ano, a quantidade de animais para a Feira do Terneiro e da Terneira foi maior que o esperado.
Feira do Terneiro (a) terá, desta vez, três etapas: dias 4, 11 e 13 de maio de 2024
O jeito foi organizar três leilões só para a categoria, que soma em torno de 1,7 mil animais. Na distribuição, 700 serão comercializados na primeira etapa, dia 4 de maio, outros 700 na segunda, dia 11 de maio, e mais 300, num terceiro leilão, na segunda-feira (13). Neste mesmo dia, em seguida, ocorre a tradicional Feira de Gado Geral, com mais 250 animais, resultando em quase 2 mil bovinos, em quatro leilões.
Conforme avalia o presidente da entidade, Márcio Cícero Neves Pamplona, a qualidade dos animais a serem comercializados sempre se destaca. Os vendedores são conhecidos e tradicionais. São produtores que investem muito em genética, sanidade e alimentação. “Por isso, o nível dos animais a serem comercializados é excelente. Em razão disso, há uma procura maior”, salienta Pamplona.
Os remates acontecem no Parque Conta Dinheiro, no Pavilhão José Arruda Ramos. Nas duas primeiras etapas, dias 4 e 11, iniciam às 17h. A terceira, na segunda-feira (13), a partir das 19h. Os eventos são abertos ao público, mas também poderão ser acompanhados virtualmente em transmissão da Camargo Agronegócios, e com retransmissão do Lance Rural.
Nesta quinta-feira, 30, a partir das 9 horas, tem início a Assembleia Geral na sede do Sindicato Rural para referendar a eleição da nova diretoria da entidade, por mais quatro anos.
As inscrições de novas chapas para a eleição da nova diretoria da Associação e Sindicato Rural de Lages encerraram no último dia 14.
Uma única nominata foi apresentada, encabeçada pelo atual presidente Márcio Cícero Neves Pamplona.
Márcio Pamplona se encaminha para a quinta presidência. Segundo ele, é muito difícil assumir a presidência de uma entidade e se envolver por um curto tempo. Há muitas demandas que vão além de um ou dois mandatos.
Cita como exemplo as tratativas inerentes aos produtores da Coxilha Rica notificados pelo Ibama. “São responsabilidades que precisam ser acompanhadas, por mais que existam pessoas dispostas a dar prosseguimento aos processos”, ressalta.
Mudanças na Diretoria
A diretoria que conta com 12 componentes terá apenas duas mudanças estratégicas junto ao Conselho. Numa das funções, o convite direcionado à Julliana Gonçalves Gamborgi Menezes garante a presença feminina, para que ela possa atuar em projetos ligados à participação da mulher no agro. Na segunda mudança, a inclusão do produtor Célio Zamban Junior.
Entre as novidades da próxima gestão, está a criação de um Conselho Consultivo. Porém, não depende de eleição, e será composto por cinco integrantes. Os membros serão convidados pelo presidente, a partir do entendimento de que eles poderão contribuir para a entidade, estando muito próximos das decisões da diretoria, fortalecendo todo o grupo de trabalho.
No geral, afirma que a grande responsabilidade como presidente da entidade será dar prosseguimento ao forte trabalho junto aos produtores, especialmente na representação e na defesa deles, do patrimônio e de toda a atividade rural no dia a dia, entre outras demandas que vão surgindo ocasionalmente.
Lages foi palco da audiência pública para discutir o combate populacional e o manejo sustentável do javali, na noite desta quinta-feira (26), no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL).
A dimensão do problema foi mais do explicitado durante a audiência pública realizada em Lages. Uma legislação própria entra com alternativa / Foto: Alisson Francisco
Além do deputado Lucas Neves (Podemos), como proponente, a discussão contou com outras autoridades, caso do secretário de Estado da Agricultura, Valdir Colatto, e representantes de classes ligadas ao agronegócio, como o da Faesc e presidente do Sindicato e Associação Rural de Lages, Márcio Pamplona, e do presidente da Associação Empresarial, Carlos Eduardo de Liz.
Ainda pela Alesc, estiveram presentes os Massocco e Marcius Machado, ambos do PL. No auditório, estavam produtores, caçadores e demais pessoas interessadas em que se encontrem alternativas para o melhor controle do animal. Câmaras de 20 municípios encaminharam moções de apoio ao projeto de Lucas Neves.
O Estado deverá criar uma legislação própria
A possibilidade de se ter uma legislação própria em Santa Catarina, passa a ser a única esperança daqueles que hoje estão assolados pela espécie invasora.
O deputado Lucas Neves é autor do Projeto de Lei (PL) 393/2023, em tramitação na Alesc, que autoriza o controle populacional e manejo sustentável do javali. Ele acredita que essa é a melhor alternativa para enfrentar o problema.
Ele percebe que a situação está trazendo temor para o campo, e por isso há necessidade de conscientizar a população dessa ameaça e, ao mesmo tempo, garantir que os caçadores tenham a autorização necessária para fazer o controle dessa espécie.
Manifestos demonstram apreensão
O público que se manifestou durante a audiência demonstrou apreensão com a ausência do controle populacional desses animais. A preocupação aumentou ainda mais com a decisão do Ibama, em agosto passado, de suspender a concessão de novas autorizações para a caça do bicho.
Entre tantas falas, a do advogado Jonata Mendes. Ele lembrou que em tratando da questão dos caçadores, hoje a burocracia já é tão grande, que a legislação que será criada não deve onerar ainda mais. Além de destacar que os controladores (caçadores) prestam um serviço público evitando a proliferação demasiada da espécie que é invasora, poluindo água, provocando doenças em pessoas e principalmente animais.
Disse que o agro é o mais penalizado, e deve ser ouvido, visto que é a engrenagem da nossa economia, representando mais de 30% do PIB de SC e 24,8% do PIB nacional. E acaba sofrendo com a praga, que destrói lavouras, mata animais e desnivela a fauna nativa. Por fim, se colocou ao lado dos caçadores e dos demais grupos e clubes de tiro de Santa Catarina.
Situação é mais do que preocupante
O médico veterinário José Cristani, professor da Udesc/Lages, afirmou que os javalis ameaçam a sanidade animal dos rebanhos produtivos do estado, o que pode causar prejuízos incalculáveis para a pecuária. Já o produtor de vinhos Geraldo Possamai disse que no ano passado teve destruídas videiras de sua propriedade. Além disso, bezerros foram atacados e mortos pelos javalis.
Caçador, produtor rural e vereador em Bom Jardim da Serra, Gilmar Nunes Oliveira disse que os animais estão se multiplicando de forma absurda e assustando os proprietários rurais. “Em lugar onde antes a gente encontrava alguns animais, agora há mais de 100. Só na sexta-feira, matamos 30”, contou. “Recebo todos os dias ligações de produtores pedindo o controle desses animais.” Henrique Menegazzo, representante da Prefeitura de Anita Garibaldi.
Apoio à iniciativa do deputado Lucas Neves
Entidades manifestaram apoio à iniciativa do parlamentar, como a Associação Empresarial de Lages (Acil) e a Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarina (Faesc), representada pelo presidente do Sindicato Rural de Lages, Márcio Pamplona.
O secretário de Estado da Agricultura, Valdir Colatto, afirmou que o projeto de lei apresentado pelo deputado Lucas Neves é um caminho para a solução de um problema antigo. “Se a União não toma uma providência, o Estado, com base na Constituição Federal, pode criar uma lei para resolver um problema dentro do estado”, comentou.
Já o presidente da Associação Brasileira de Caçadores “Aqui tem Javali”, Rafael Augusto Salerno, defendeu os caça do animal. Para ele, essa é uma maneira de controlar uma praga, nos mesmos moldes que é feito com outras pragas, como lagartas, carrapatos, ratos, entre outras. “Não podemos ser acusados de forma leviana, enquanto fazemos atividades de forma legalizada e voluntária.”
Minha conclusão
Ao utilizar do espaço da coluna sobre o tema, por dois dias seguidos, foi por entender que a causa merece amplo destaque. É um assunto que precisa ser entendido por toda a sociedade, e, acima de tudo, ganhar respaldo da classe política, em especial.
Não se trata apenas de combater uma espécie invasora, e sim controla-la, para que não amplie os prejuízos nas pequenas e grandes propriedades. Sem o manejo, em breve o bicho estará também entrará nas zonas urbanas, como já tem tido exemplos. É também um animal perigoso e muito agressivo.
O Estado está, através de seus representantes, tentando criar uma legislação própria, em detrimento a decisões federais, que nem convém trazer aqui, pois, sabe-se claramente o viés. O exemplo de Santa Catarina deverá também ser seguido pelos estados vizinhos, o Rio Grande do Sul e o Paraná.
Foram quatro dias de portões abertos para a visitação da Expolages 2023, no Parque Conta Dinheiro. O evento tem como característica principal a realização de negócios, e, por esta razão, a avaliação dos organizadores foi positiva, mesmo com a insistente chuva do final de semana, principal período de visitação do público.
O volume de negócios, embora ainda não contabilizados no todo, gera uma grande expectativa. Porém, deve superar a marca dos R$ 50 milhões. Por enquanto, somente nos leilões de animais a perspectiva supera a margem dos R$ 5 milhões.
Neste ano a estrutura ganhou atenção especial e os expositores puderam se organizar de forma antecipada, e sem atropelos. Exemplo disso, foi a grande cobertura para a realização dos julgamentos de animais, montada pela primeira vez na exposição.
Na quinta-feira (5), dia oficial da abertura, tudo estava pronto e em pleno funcionamento, em todos os mais de 100 estandes dentro e fora dos pavilhões. As opções de negócios se deram nos mais variados setores, desde consórcios, educação, serviços, máquinas e equipamentos, construção civil, automóveis, animais, entre outros.
Confira abaixo a avaliação dos dirigentes do Sindicato Rural, Márcio Pamplona e da ACIl, Carlos Eduardo de Liz:
O Presidente da Associação e Sindicato Rural de Lages, Márcio Pamplona fala sobre a expectativa de mais esta edição da Expolages.
Também Cintia Kleis – Diretora Técnica da Associação Catarinense de Ovinos falando sobre a expectativa dos produtores para a Expolages. Serão mais de 240 ovinos que vão participar da feira e dos julgamentos