Assim como vários segmentos passaram a ter preocupações, tão logo a pandemia chegou, o setor do agronegócio precisou se reinventar.
Como em Lages, as transmissões do Lance Rural já não era novidade, pois, nos últimos três anos o sistema operou em paralelo com o presencial, essa era a alternativa para a realização dos leilões em todo o Estado.
Primeiro veio a necessidade de obter autorização das autoridades de saúde, o que se conseguiu. Nada de público presente nos eventos e inúmeros cuidados foram relacionados. Deu certo.
Na Serra Catarinense, já foram quatro remates operacionalizados por transmissão virtual. Começou pela Feira do Terneiro e da Terneira de Campo Belo do Sul, depois um leilão particular, e as duas etapas das feiras dos animais jovens em pista no Parque Conta Dinheiro, promovidas pelo Sindicato Rural.
Um sistema que veio para ficar
O novo modo deu tão certo que não vai mudar mais, mesmo que haja presença de público. Nas duas etapas, um faturamento de R$ 2 milhões e 252 mil. Só na etapa deste último sábado (9), com 623 cabeças entre machos e fêmeas, o leilão resultou em R$ 915 mil 710. Em ambas as feiras, com 100% de comercialização.
Já os preços finais do quilo vivo, desta vez, os machos alcançaram a média de R$ 8,13, e as fêmeas, R$ 7,46.
De qualquer forma, conforme disse o presidente do Sindicato Rural, Márcio Pamplona, as boas vendas foram uma premiação a quem investiu no setor, e que conseguiu dispor lotes de qualidade para a comercialização nos dois leilões, mesmo com reflexos diretos no peso final dos animais em função da estiagem.
Feira de Gado Geral
Nesta segunda-feira (11), a partir das 14 horas, nova oportunidade para seguir fazendo bons negócios nesta temporada de leilões que apenas está começando, com a Feira de Gado Geral.
Com animais em pista, o comércio segue de forma virtual, através do canal do Lance Rural, e a retransmissão da Camargo Agronegócios e da Evoluê AG.
Fotos: Paulo Chagas