Foram quase quatro horas de explanações da devolutiva da Secretaria Municipal da Saúde, feita na manhã desta terça-feira (11), no auditório da própria Pasta.
Ao abrir os trabalhos, a secretária Odila Waltrich, agradeceu a presença dos 16 vereadores. Apenas uma ironia. Estavam presentes os vereadores Amarildo Farias (PT) e Jean Pierre (PSD), incluindo o prefeito Antonio Ceron. Um pouco depois chegou o vereador Jair Júnior (PSD). De parte da imprensa, poucos profissionais.
No entanto, independente de presenças, o mais importante foi saber o que está fazendo a Secretaria de Saúde de Lages. A compreensão de tudo o que foi apresentado durante toda a manhã, faz com que trabalho que está sendo feito, esteja muito além do que se imagina.
Hoje, antes de fazer qualquer crítica, em qualquer circunstância, sei que, primeiro, precisarei ir fundo na questão e entender. Não se pode mais simplesmente dar razão a todas as reclamações, como completas verdades.
Obviamente, é um segmento repleto de problemas, e o trabalho para ajustar é sempre intenso e comprometido, com medidas técnicas, reuniões periódicas em muito envolvimento de todas as diretorias e seus colaboradores.
Dificuldades e perspectivas
A Secretaria, através de suas diretorias explanou minuciosamente todas as dificuldades e perspectivas futuras. São ao todo, 1,2 mil funcionários, num segmento vital para a comunidade.
Creio que tudo o que foi exposto, tem muito de positivo. A Saúde de Lages está em boas mãos. Além disso, não atende apenas o seu povo, mas gente vinda de toda a Região da Amures, e ainda de outras regiões vizinhas.
Sistema de gestão
No envolvimento com o SUS, não há invenções, basta seguir o que Ministério determina. Aliás, a própria Secretaria segue a estrutura nacional para gerir todas as ações.
A sobrevivência da Secretaria depende basicamente dos recursos do município. Pois, os valores que chegam, por exemplo, para a compra de remédio, são pouco mais de R$ 150 mil. A contrapartida do Município é gigante, perto de R$ 600 mil mensais.
Ressalte-se o valor de emendas parlamentares, que nestes dois anos superaram aos R$ 8 milhões. Mais de R$ 5,5 milhões, oriundos de emendas somente da deputada Carmen Zanotto (PPS).
Dados alarmantes
Não vou entrar muito nos detalhes, mas não poderia deixar de salientar as preocupantes faltas de pacientes com consultas agendadas, que chega a 25%. Na pediatria, igualmente 25%, e curiosamente, entre os idosos, apenas 10%, ou seja, os mais responsáveis.
Preocupante, os índices crescentes dos casos de sífilis e Aids. A questão é alarmante. Sem contar os casos de pessoas que desistem dos tratamentos, e seguem livremente proliferando as doenças. Falta consciência, o que torna extremamente difícil o trabalho dos agentes de saúde, no controle.
Sobre a UPA e o Pronto Atendimento (PA), a necessidade de um comentário a parte, assim como outros assuntos abordados na devolutiva, que merecem atenção à parte, do Blog.