Também estamos acompanhando o que tem acontecendo em outras regiões do país, com chuvas intensas e muita destruição, por causa do fenômeno climático chamado La Niña, de acordo com meteorologistas do órgão federal. Isso já aconteceu em Santa Catarina e resta torcer para que não aconteça mais. Difícil prever.
Em Lages
A última forte chuva, em Lages, ocorreu em 2017. Os alagamentos na cidade, principalmente na orla do rio Carahá, nas proximidades do Rio Caveiras, deixaram casas, empresas e até mesmo o Clube Caça e Tiro, submersos. E não foi uma única vez.
A partir do último fenômeno se pensou num Plano de Contenção das Cheias. O prefeito Antonio Ceron encabeçou e propôs um estudo técnico e deixar de lado os “achismos” a respeito das soluções. Na Câmara de Vereadores, a mesma iniciativa também foi tomada por alguns edis.
O projeto
Assim, se não me engano, um estudo ficou pronto em 2019, feito por especialistas do Centro de Ciência Agroveterinárias (CAV), e apresentado na própria Câmara de Vereadores.
Apresentação na Câmara de Vereadores de um levantamento técnico e dados científicos para prevenir as enchentes em Lages, no dia 24/10/2019.
Entre as soluções a construção de uma barragem entre Lages e Painel; túnel extravasor entre a chácara Asa Verde, no emboque, atrás do Morro Grande, e também, a construção de pelo menos cinco diques no Caveiras. Isso tudo para reduzir o impacto das enchentes, caso voltassem a acontecer.
Custo
O problema é que a partir do estudo, o custo para a execução do Plano de Contenção ficou bastante alto. Na época, custaria em torno de R$ 70 milhões para a construção das barragens, e o túnel, em torno de R$ 30 milhões. Os dados fazem parte de pesquisas em reportagens da época.
Conclusão
Quem poderá afirmar que estas chuvas da Bahia, de Minas Gerais, de São Paulo e do Rio de Janeiro não poderão, mais tarde ocorrer em Santa Catarina? Obviamente, há possibilidade, cedo ou tarde, infelizmente.
Enquanto isso, o Plano de Contenção das Cheias, elaborado em Lages, sem “achismo”, está esquecido, no fundo de uma gaveta qualquer. Se, infelizmente, Lages viver novo drama no futuro, a população que normalmente sofre, saberá de quem cobrar. Pois, sequer foi tentado executar uma parte sequer, do tal Plano.