Há 20 anos o Crensa, em Lages, tem socorrido as famílias da sociedade brasileira, acolhendo pessoas com algum tipo de dependência química. Nesse tempo foram cerca de 1.500 internamentos, e muitas histórias para contar.

Na manhã desta quinta-feira (28), a direção da entidade, coordenada por Rose Maria Rodrigues de Souza recebeu a imprensa para apresentar a estrutura da entidade e também para pedir apoio de alguma forma para seguir atendendo a quem precisa. Na verdade, para pedir socorro.
A situação financeira está complicada. São necessários cerca de R$ 40 mil por mês. Recursos normalmente oriundos de convênios com as três esferas de governo. A Prefeitura de Lages contribui com R$ 20 mil.
O problema é que os governos do Estado e Federal, embora reconheçam o Crensa como entidade social, e que está dentro de todas as normativas legais, ainda não liberou os recursos, em razão dos ajustes de troca de gestão. O Estado tem convênio assinado até o final de 2019. As doações voluntárias não atingem às necessidades.
Assim, pela primeira vez na história a comunidade terapêutica como também o Crensa é conhecido, está funcionando no vermelho. Algumas campanhas internas estão sendo feitas com algum resultado, mas também insuficientes.

O local é muito bem organizado, limpo e em meio ao verde da mata, e possui capacidade para 46 acolhidos, independente de classe social ou cidade dentro do território nacional. O tratamento é feito através de atividades terapêuticas, seguindo o tripé da oração, a disciplina e o trabalho.
Para se ter ideia, uma pessoa, ao entrar no Crensa, em torno de 15 dias aproximadamente, o organismo já dá sinais de melhora. Importante dizer, que mais de 90% do tratamento depende da própria pessoa, na aceitação das práticas terapêuticas que ajudam na desintoxicação.
Importante dizer que a entidade é extremamente fiscalizada, mas a direção concorda, pois, ajuda a manter toda a qualidade nos atendimentos dos acolhidos. O curioso é de que a entidade é reconhecida pelo atendimento de saúde mental, como asilos, por exemplo, mas na prática não é reconhecida pelos municípios.

Uma capela construída pelas mãos dos acolhidos atende a todas as crenças divinas
Na verdade, há certa discriminação. Muitos preferem enviar recursos a outras entidades sociais, menos ao Crensa, que diante de uma visão errada não querem destinar recursos para tratamento de “vagabundos” ou “drogados”. O que é lamentável!
Mesmo diante da falta de recursos e a clara discriminação de parte da sociedade, a direção do Crensa não desiste, e julga ser de extrema importância o apoio e o tratamento a pessoas que buscam recuperar a vida normal, longe dos vícios.
Quem quiser ajudar pode depositar qualquer valor nas seguintes contas:
Banco do Brasil: Ag 52159 – CC 583400-7
Credicomin: Ag 110-4 CC 14010
Informações: (49) 98802 6515 e 3222 2948
www.crensa.com.br