Santa Catarina e Rio Grande do Sul se mobilizam e unem forças para a legalização do queijo artesanal serrano, produto que remonta ao século 18 e que é elaborado com as mesmas características na Serra dos dois Estados.
A cidade de Bom Jesus (RS) sediou simpósio que discutiu a elaboração e o processo de legalização do produto. Autor do projeto de legalização do queijo serrano em Santa Catarina, o deputado Gabriel Ribeiro (PSD) participou do evento.
Uma luta longa, que visa tirar o queijeiro da marginalidade, que é visto hoje como um bandido, pois se for flagrado vendendo o queijo terá o produto apreendido e incinerado. É o que disse o deputado Gabriel.
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Sobre o queijo serrano
O queijo serrano é um dos queijos artesanais mais antigos do Brasil. Durante o período conhecido como tropeirismo, mulas transportavam o produto em bruacas.
Com a venda do queijo, os produtores compravam açúcar, café, sal, arroz, arame, tecidos e utensílios domésticos.
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Produção de queijo
Na região de Lages, duas mil famílias produzem este queijo, feito a partir de leite cru. Como o gado se alimenta em campos nativos, o queijo serrano adquire características peculiares.
Mais de 70% dessas famílias produzem queijo o ano todo e que, para a metade delas, o produto é a principal fonte de renda.
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Projeto na Alesc
O projeto de lei elaborado por Gabriel Ribeiro foi aprovado na Comissão de Justiça e tramita na Comissão de Economia, Ciência, Tecnologia, Minas e Energia da Alesc.
A proposta prevê, entre as exigências sanitárias, que o leite seja proveniente de rebanho sadio, sem sinais de doenças infectocontagiosas; que a produção seja iniciada em até duas horas após o começo da ordenha; o leite não poderá ser pasteurizado; a cura do queijo deverá ser em temperatura ambiente, sobre prateleira de madeira de araucária e sem pintura.
A proposta parlamentar ainda trata das instalações das queijarias, da qualidade da água, da embalagem, transporte e fiscalização.
(Informações e fotos: Tarcísio Poglia)