Rota Caminhos da Neve carece de atenção política

Um pessoal eclético participa de forma efetiva de um grupo de WhatsApp, exatamente para discutir providências e acompanhar o desenrolar das ações envolvendo a Rota Caminhos da Neve, entre as serras catarinense e gaúcha. Recentemente, todos comemoraram o final da construção da Ponte das Goiabeiras, sobre o Rio Pelotas, um passo decisivo para o complemento de todo o trajeto.

Na foto, o registro do trânsito na nova Ponte das Goiabeiras, feita com recursos dos catarinenses / Crédito: Luiz Gonzaga Cechinel

Entre as argumentações do grupo, salientam-se que dinheiro nunca foi problema para o Caminhos da Neve. Num exemplo de 2019 o projeto chegou a ter R$ 20 milhões à disposição no Orçamento da União, mas foi perdido porque não foi executado.

Já em 2022 gastaram-se várias semanas nos cálculos dos itens remanescentes que compõem o orçamento preliminar (R$ 52,9 Milhões). Foi enviado para o Gabinete do Governador de SC; por sua vez, o Gabinete mandou para o Secretário de Infraestrutura, e o Secretário autorizou a publicação do edital. São pontos que evidenciam os interlocutores que acompanham o andar do processo.

Agora, pedem ao governador Jorginho Mello, a atenção necessária para que essa obra da Rota, seja concluída, no lado catarinense, pois, tudo se arrasta por muitos anos. “Nossa região precisa de rodovias. É o oxigênio que faz a economia girar”, ressaltam.

Roteiro turístico precisa avançar

O clamor das comunidades catarinenses e gaúchas é de que a Rota Caminhos da Neve tem que andar em Santa Catarina, via Governo do Estado. O entendimento é de que SC tem condições, e utilizam a expressão “tem café bule”.

Já no Rio Grande do Sul, o Governo está falido devendo mais de R$ 80 bilhões, e enfrenta dificuldades diárias com a ERS-020, ERS-427, ERS-476 e outras. Por outro lado, é preciso continuar cobrando investimentos por parte do Governo Federal via BR-438/RS.

A esperança, recai unicamente ao governo de Santa Catarina. Jorginho Mello deverá ser pressionado para que a BR-285 se encaminhe para ficar pronta, e assim, drenar mais de 4 mil veículos por dia na BR-470 e a BR-282. A Serra Catarinense vai sentir as consequências positivas da abertura da BR-285, mas não se a Rota Caminhos da Neve continuar parada.

Enfim, quando se evidencia o Programa Estrada Boa e a marca do turismo no Estado, sem olhar para a Rota Caminhos da Neve, não soa bem.

Bancada do Oeste decepcionada com cronograma de obras

O secretário de Infraestrutura Jerry Comper ouviu o que não queria ao se reunir com a Bancada do Oeste, nesta quarta-feira (30), e que na ocasião sinalizou a insatisfação com o pouco olhar para o andamento das obras necessárias na infraestrutura rodoviária do Grande Oeste, previstas pelo programa Estrada Boa.

Durante a reunião foram apresentadas 24 obras para a macrorregião do Grande Oeste. O coordenador da bancada, deputado Marcos Vieira (PSDB), se mostrou decepcionado / Foto: Bruno Collaço / Agência AL

Além disso, o que existe no plano, carece de agilização. O deputado Marcos Vieira (PSDB), coordenador da Bancada do Oeste, adiantou que pouca coisa deverá ser feita nesta no ainda. Porém, juntamente com os demais parlamentares, e capitaneados por Mauro de Nadal (MDB), o grupo vai insistir para que se possa recuperar ainda em 2023 alguns projetos e dar início às obras.

Vieira destaca principalmente a questão da SC 283, e que considera uma verdadeira rodovia da proteína animal; a SC 160 que liga São Carlos, Pinhalzinho e Serra Alta, seguindo até Campo Erê, carece da recuperação o quanto antes.

Citou ainda a SC 305 que liga São Lourenço do Oeste até Campo Erê. No final do encontro afirmou que a reunião foi boa, mas que o sentimento é de decepção, no tocante à falta de um cronograma de desenvolvimento dos projetos.

Na Serra Catarinense não houve nenhum manifesto no tocante ao cronograma de obras previsto no Programa Terra Boa. De estar tudo dentro dos conformes.

Desenvolvimento da Serra passa também pelos aeroportos

O deputado estadual Lucas Neves dentro de uma visão desenvolvimentista, coloca nos planos de ação, o investimento nos aeroportos, em especial, os de Correia Pinto e de São Joaquim.

Durante reunião entre o deputado e o secretário de Portos, Aeroportos e Ferrovias, Beto Martins, foram elencadas ações pontuais para fomentar o desenvolvimento na Serra Catarinense.

É aí que entram as necessidades da modernização e expansão dos aeroportos locais, com o objetivo de atrair mais visitantes e novos negócios para a região.

O que se obteve na reunião foi a garantida do comprometimento do Governo do Estado, no investimento na modernização do terminal em Correia Pinto, visando preparar o local para receber novas companhias aéreas, além de proporcionar aos passageiros um ambiente mais funcional e agradável.

Aeroporto consolidado

Como se sabe, o aeroporto regional está consolidado. Segundo dados apresentados pelo deputado, nos últimos 12 meses, mais de 30 mil pessoas passaram pelo local. A ocupação média de embarque é de quase 75%, e a de desembarque é acima de 70%.

Portanto, há necessidade de uma segunda companhia operando no aeroporto. Por outro lado, um Projeto de Lei, proposto pelo próprio parlamentar e atualmente em tramitação na Assembleia Legislativa, busca rebatizar o local como Aeroporto da Serra Catarinense, uma iniciativa que visa facilitar a identificação por parte de turistas de todo o Brasil e do exterior.

Em São Joaquim

As melhorias também serão estendidas ao Aeroporto de São Joaquim. Até dezembro, o espaço estará homologado para receber aviões executivos, simplificando a chegada de visitantes com maior poder aquisitivo e agilizando as viagens de negócios.

Incentivos fiscais

Durante a audiência, também foi debatida a ampliação dos incentivos fiscais, uma demanda anteriormente apresentada pelo representante da Serra. O secretário Beto Martins reiterou a Lucas Neves que o Governo do Estado está empenhado em atrair mais companhias aéreas para a região, por meio de benefícios tributários.

Foto: Alisson Martins

Projeto aprovado na Alesc deve agilizar obras da Serra

A Assembleia Legislativa de Santa Catarina ao aprovar, na tarde de quarta-feira, um Projeto de Lei com o objetivo de regularizar os repasses do Governo do Estado aos municípios, poderá contemplar também, obras na Serra Catarinense.

A Transferência Especial Voluntária (TEV) formaliza os acordos celebrados com os prefeitos, visando agilizar a liberação de recursos para projetos de infraestrutura e outros investimentos locais de grande importância.

O novo sistema foi desenvolvido em colaboração com o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e contou com o apoio dos parlamentares, todos com o objetivo comum de acelerar o progresso das obras em andamento.

Deputado Lucas Neves / Foto: Agência AL

O deputado Lucas Neves (Podemos) afirma que, com essa aprovação, o Estado pode oficializar os repasses e dar continuidade às obras essenciais para o avanço da nossa região. Nós (do Legislativo) fizemos a nossa parte para garantir os pagamentos”, disse.

Na Serra

Segundo Lucas, na Região Serrana, estão planejadas várias melhorias, incluindo a construção de moradias populares, pavimentação de vias, edificação de escolas, entre outras iniciativas voltadas para o desenvolvimento das cidades pertencentes à Amures.

A TEV estabelece um prazo de 60 dias para que os municípios apresentem a prestação de contas de todos os recursos transferidos pelo Governo do Estado. Esse período tem início a partir do recebimento da última parcela ou após a conclusão do período de execução, conforme estipulado no plano de trabalho.

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) na Serra

Na coluna do domingo passado, toquei no assunto do baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), em municípios da Serra Catarinense. Alguns leitores entraram em contato comigo, e também deram suas opiniões. Num desses comentários, e sem revelar o nome, trago aqui o que disse uma leitora de Curitibanos. Ela concordou com que eu escrevi, e também acrescentou, lembrando que na Região Serrana, não se incluem no baixo IDH, apenas os municípios que citei, no caso, Cerro Negro, Campo Belo do Sul, ou Anita Garibaldi. Incluiu ainda Curitibanos, São Joaquim, Fraiburgo, Lebon Régis, Santa Cecília, São Cristóvão, Bom Jardim da Serra, entre outros. Concordo também, e sei disso. Apenas citei alguns, como exemplo. Na verdade, toda a Serra Catarinense convive com o diagnóstico do baixo Índice de Desenvolvimento Humano, inclusive, Lages.

Ao abordar o tema na coluna de domingo passado, leitores também decidiram compartilhas suas opiniões. Foto: Diego Herculano NURFHOTO/AFP

A Serra Catarinense, por mais que possua riquezas abundantes naturais, tem tido o estigma da pobreza e do atraso, em relação a outras regiões do Estado. A leitora, fala da cidade dela, Curitibanos, e relata que nunca houve de fato um desenvolvimento pleno, especialmente no campo da empregabilidade, e muito menos na educação e na saúde. Ela avança ainda mais na opinião, dizendo que os jovens dessas cidades citadas, continuam desesperançados, sem perspectiva de futuro e consequentemente, sem emprego e educação plenos.

Ela fala dessas questões, por conhecer bem. Atualmente mora na Região Norte do Estado, bastante desenvolvida. Afirma que se ainda estivesse na cidade natal, estaria, com certeza, sonhando com um emprego qualquer, apenas para sobreviver. Segundo ela, a cidade continua igual, após 40 anos, no quesito das oportunidades. Para ela, continuam as mesmas mentalidades, a mesma pobreza, num ciclo imutável, entre pobres e ricos. Ela ainda teceu outros comentários bem relevantes. Para ela, os políticos, são os mesmos, das mesmas cepas familiares de outrora, não mudam, e o povo não tem maturidade política para rejeitar quem não favorece o desenvolvimento pleno.

São verdades doloridas. E a Serra Catarinense precisa definitivamente ter maturidade para enfrentar a realidade. É preciso caracterizar as oportunidades da mídia que invoca o turismo do frio e da neve, para que se traduzam em melhorias nas infraestruturas. São Joaquim, por exemplo, tem uma pobreza incondicional, basta andar pelas periferias para constatar. O subemprego é caracterizado por denúncias de até mesmo trabalho escravo, em comunidades locais e próximas. E se o turismo de inverno prospera, onde os recursos arrecadados estão sendo investidos?

Retorno à opinião da leitora, que lembra com razão, o fato de os políticos dessas regiões, não olharem para a população como um todo. Afirma que lhes falta visão de futuro, e que olham apenas para os números de eleitores que contam para os eleger, e uma vez eleitos, continuam com a mentalidade do “nós aqui no alto, e vocês aí embaixo”, perpetuando um sistema de vida nestas cidades onde vale a máxima: “em terra de cego, quem tem um olho é rei”. Ela conclui dizendo algo relevante, e que também concordo. Ressalta que é preciso pressionar essa política nefasta para uma mudança de realidade na cabeça das lideranças políticas e da sociedade, e assim, fazer com todos entendam que merecem mais do que migalhas.

Ministro do Turismo virá participar de evento na Serra

O comunicado da presença do ministro do Turismo, Celso Sabino, num Seminário na Região Serrana, em que serão tratadas pautas relacionadas ao desenvolvimento do Turismo na Serra Catarinense, no segundo semestre, partiu da deputada federal e vice-líder do governo, na Câmara Federal, Ana Paula Lima (PT). Ela participou da reunião de prefeitos da Amures, nesta quinta-feira (7), em Lages.

A partir de agora, a entidade começa a elaborar uma programação em conjunto com o Ministério do Turismo, Embratur e o Sebrae Nacional. Segundo a deputada, a ideia é fazer um grande debate com os gestores e os empreendedores do turismo.

Santa Catarina é um estado turístico, mas não pode ser apenas de litoral. A Serra Catarinense é muito linda e tem um grande potencial a ser desenvolvido. O seminário terá o foco de tirar encaminhamentos para bons projetos, envolvendo a Serra.

Foto: Oneres Lopes / Amures

Redes elétricas das escolas do Estado terão melhorias

Uma questão a mais está sendo resolvida no âmbito escolar: a das redes elétricas das escolas da Região Serrana. Governos foram passando, sem que a questão tivesse o definitivo fim. Recentemente, o deputado estadual Marcius Machado requereu junto ao Governo, a providência.

Os equipamentos de ar condicionado e lousas digitais até foram comprados na gestão anterior, mas, ficaram sem funcionar. Pois, a rede de energia das escolas não comportava a sobrecarga.

Parceria inédita irá mapear as carências elétricas das escolas estaduais e melhorar a infraestrutura. O termo de cooperação técnica foi assinado pelo governador Jorginho Mello / Foto: Roberto Zacarias / Secom

Nesta segunda-feira (17), eis que, através da parceria entre Acafe, Celesc e Secretaria de Estado da Educação haverá a melhora de redes elétricas nas escolas estaduais. O equipamento, quando entrar em funcionamento, irá ajudar tanto no inverno quanto no verão, em todas as escolas estaduais.

Serviço será feito por alunos de engenharia elétrica

A novidade é de que a parceria não terá custo direto para o Governo do Estado, já que os alunos dos cursos de engenharia elétrica farão os mapeamentos e a Celesc, a otimização do sistema.

Na Serra, desde 2021, o deputado Marcius cobra o Governo do Estado sobre a renovação das redes elétricas das escolas pertencentes às Coordenadorias Regionais de Educação de São Joaquim e Lages. Um levantamento da SED mostrou que mais de 700 escolas precisam de melhorias na rede elétrica.

Num primeiro momento, serão trabalhadas 300 delas e em seguida, ampliado o projeto. Uma providência que terá os meios e os fins justificados somente para o próximo ano.

98% das emendas destinadas à Serra Catarinense

Foi o que o deputado estadual Marcius Machado reportou aos empresários, durante a reunião semanal da ACIL, na segunda-feira (3). Conforme explicitou, a projeção é de R$ 11 milhões em emendas parlamentares impositivas.

Marcius fechou o ciclo de conversas com os deputados estaduais que compõem a Bancada da Serra. Na ocasião, ressaltou que por ser integrante da base de sustentação do Governo de Estado, tem o compromisso do Governador Jorginho Mello em liberar os recursos para finalização das obras que estão em andamento em Lages e ressaltou a importância da obra de revitalização de toda a Avenida Belisário Ramos.

Candidatura a prefeito

Na ocasião, o deputado reafirmou que não será candidato a prefeito de Lages em 2024. Disse que recebeu votos em todos os municípios da região da Amures e tem compromisso com quem votou nel.

Foto: Fabiano Coelho