Os dados foram divulgados em junho pela Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina mostram que Lages é a oitava economia do Estado no ranking de movimentação econômica e arrecadação de todos os 295 municípios catarinenses.
A publicação remete ao valor adicionado da movimentação financeira de 2017, que dá suporte ao Índice de Participação dos Municípios (IPM) no ano de 2019. São parâmetros que refletem o retorno de impostos estaduais ao município, conforme a atuação do setor produtivo.
Pelo levantamento que aponta o valor adicionado e o percentual de retorno de impostos, Lages está à frente de importantes cidades como Criciúma e Brusque, ficando atrás apenas de Joinville, Itajaí, Blumenau, Florianópolis, Jaraguá do Sul, Chapecó e São José.
Ranking das dez maiores economias de Santa Catarina
Posição Município Valor adicionado no total de SC em 2017 IPM 2019
1 Joinville R$ 18.338.976.238,42 8,3571125
2 Itajaí R$ 17.501.420.830,87 7,5555477
3 Blumenau R$ 9.924.739.843,07 4,7236303
4 Florianópolis R$ 6.261.743.860,18 2,8681750
5 Jaraguá do Sul R$ 6.453.922.817,52 2,8029642
6 Chapecó R$ 5.293.622.127,77 2,4119159
7 São José R$ 5.058.663.989,09 2,3268719
8 Lages R$ 4.325.455.051,05 1,9740299
9 Criciúma R$ 3.859.506.988,72 1,7690801
10 Brusque R$ 3.733.223.787,19 1,6972541
Fonte: Secretaria de Estado da Fazenda / Junho 2018
Terceiro ciclo da madeira
Para o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Mario Hoeller de Souza, o Marião, Lages está entrando no terceiro ciclo da madeira, um dos setores que mais crescem e contribuem para o aquecimento da economia do município.
O primeiro ciclo, que teve o auge nos anos 50, foi marcado pelo extrativismo puro. Mais tarde se viu um crescimento na plantação de pinus, tornando-se a maior reserva em toda região e atraindo grandes empresas como a Klabin.
Nesta nova fase, outras empresas do ramo da indústria da madeira se instalaram em Lages, como a M7 Indústria e Comércio de Compensados e Laminados, a G13 Madeiras, a Ekomposit, e outras demonstram interesse.
Há um ano em Lages, a M7 produz cerca de quatro mil metros cúbicos de madeira engenheirada mensalmente, exportando para países da Europa, Ásia, Caribe, e com negociações que prometem abrir as portas no mercado americano.
Segundo ele, está nos planos abrir uma nova unidade da M7 até o ano que vem, com uma produção que poderá chegar a dez mil metros cúbicos de compensados e laminados, saltando de 150 para 400 empregos diretos.
A prospecção de instalação da Berneck, uma das gigantes na indústria madeireira, promete alavancar ainda mais o setor na cidade. A unidade de Lages terá investimento inicial de R$ 800 milhões e poderá gerar até mil empregos diretos, sendo cerca de 500 nos primeiros meses.
Novos empreendedores aquecem a economia
Segundo dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo, de janeiro a junho deste ano foram feitas 823 solicitações para abertura de empresas na modalidade Microempreendedor Individual (MEI) e entregues 821 alvarás.
Este número cresce todo mês. Em junho foram contabilizadas 6.038 MEIs ativas no município. São empresários que trabalham por conta própria e chegam a faturar até R$ 81 mil por ano.
Fotos: divulgação