PSD se articula

O PSD está buscando a melhor alternativa para se recompor depois do pleito de 2018. Esta semana lideranças estiveram reunidas para definir os rumos.

Entre os líderes, a participação do deputado e presidente da Assembleia Legislativa Júlio Garcia, além dos prefeitos de Lages, Antonio Ceron e de Palhoça, Camilo Martins, entre outros.

O entendimento é de que devem esperar pelo fim do prazo da presidência de Gelson Merisio, 16 de junho, para a construção de nova Executiva Estadual.

Como se sabe, a Executiva Nacional que tem no comando Gilberto Kassab, decidiu cancelar a convecção em alguns estados, incluindo Santa Catarina. Por certo, para evitar qualquer articulação ou interferência de Merisio.

Por outro lado

No PMDB a situação não é diferente. São muitos os “caciques” querendo a presidência. Estão na briga pelo poder da Executiva o senador Dário Berger, e o deputado federal Celso Maldaner, entre outros.

Internamente o interesse é de que todos busquem o consenso para não haver divisões. O que se quer é que Maldaner desista e decline em favor de Berger, para então trabalhar pelo fortalecimento do Partido.

Suspensa a convenção do PSD

Por decisão do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab foram suspensas as convenções do Partido em vários estados, entre eles o de Santa Catarina. Aqui no Estado, a convenção estava prevista para acontecer nos próximos dias, ou até 20 de maio.

A decisão de Kassab para SC se baseou no fato de o atual presidente estadual, Gelson Merisio (fofo), ainda não ter definido quando será a sua saída do Partido. Tão logo deixe a Executiva Estadual, assume o prefeito de Lages Antonio Ceron, que fica no comando pelo menos até dia 15 de junho.

Quem vai acolher Merisio?

Acompanho de perto a leitura sobre o caminho que vem sendo trilhado pelo ex-deputado estadual Gelson Merisio, ainda PSD. O desfecho do seu destino partidário parece ser mesmo o Progressistas. Tanto que novo encontro dele com lideranças do partido deve ocorrer no final da tarde desta segunda-feira (1).

No entanto, sempre há os poréns. Nesse caso, há quem questione qual será a posição de Merisio no Progressitas? Se entra já ocupando lugar na janela, ou entra no fim do corredor, e ainda sabendo que há quem mande no partido, e se condicione em não desfrutar da condição inicial dele de liderança absoluta.

No meu modo de ver, se for mesmo para o Progressistas entrará numa agremiação repleta de caciques, principalmente, sob o mando a família Amin. Enquanto isso, aliados seus estão se encaminhando para o Democratas. Talvez, esse, também fosse o melhor caminho para quem almeja lançar nova candidatura ao Governo, em 2022. Em tudo isso, o certo é que no PSD não fica mais.

(Foto: Paulo Chagas)

Hobus na presidência do PSD?

Informações de bastidores dão conta de que o deputado estadual Milton Hobus é nome mais indicado para assumir a Executiva Estadual do PSD, em Santa Catarina.

Por hora, o deputado está em viagem na Itália, mas com a garantia de que, quando retornar será convidado ao cargo e assumir após convenção.

O PSD quer retomar o perfil e purificar a legenda, pois, haverá, por certo, especialmente no Oeste, a saída da algumas lideranças, prefeitos, vices e vereadores para seguirem o caminho de Gelson Merisio, ou também do prefeito de Chapecó, Luciano Buligon.

No final de semana que passou, em reunião no Extremo Oeste, com a presença de Merisio que deve seguir para o Progressistas, e Buligon para o Democratas, surgiu a informação das migrações de algumas lideranças, para um lado ou para o outro, mas que estão decididas a deixar o PSD.

(Foto: Agência Alesc)

Novo modelo de gestão entre Governo e Municípios

O então candidato ao governo de SC, pelo PSD, Gelson Merisio tinha em seu plano de governo, extinguir as ADRs e dar achar uma forma junto as Associações de Municípios para atender as demandas. Eu sempre achei uma boa ideia. Se bem que em Florianópolis, está formulação já vem funcionando.

Na mesma linha, o atual governador Carlos Moises (PSL), em parceria com a Federação Catarinense de Municípios (FECAM), nesta última terça-feira (19), irá criar Núcleos de Gestão de Convênios (NGC) em todas as regiões de Santa Catarina. E ele justifica o projeto, exatamente a partir da desativação das Agências de Desenvolvimento Regional (ADRs).

Seja como for, essas estruturas farão o gerenciamento de convênios novos e antigos celebrados entre Estado e Prefeituras. O governador Carlos Moisés também anunciou o pagamento de 108 convênios de obras finalizadas, em andamento ou paralisadas, somando aproximadamente R$ 65 milhões.

Espera-se que dentre esses R$ 65 milhões dos convênios, os firmados com Lages sejam também repassados. O Governador afirma que a previsão é que todos os convênios sejam honrados até julho deste ano. Então, a Prefeitura de Lages deve estar mais tranquila.

Foto: James Tavares/Secom

A complexa situação do PSD

A leitura da situação vivida atualmente pelo PSD de Santa Catarina, com informações de possível intervenção da Executiva Nacional, e que poderá levar ou não o ex-governador Raimundo Colombo ao comando no Estado, deve ser avaliada pelo desenrolar da conjectura bem antes das eleições do 2018.

Ninguém pode negar de que Raimundo tentou de tudo para manter o acordo com o MDB, seguindo a ordem natural com o PSD de vice. E claro, Raimundo estaria mais confortável na condição de candidato ao Senado. Analisando a situação hoje, as chances de sucesso de ele chegar ao Senado eram evidentes, tanto que o novo aliado do MDB, Jorginho Mello (PR), foi quem se elegeu.

Na ocasião das negociações, o então deputado estadual Gelson Merisio venceu a queda de braço e condicionou a candidatura própria ao Governo do Estado, afastando de vez o PSD do MDB. O resultado, todos já sabem.

Seja como for, a não eleição ao senado de Raimundo teve influência direta das ações do deputado e presidente do PSD, Gelson Merisio. Por isso, hoje, não devem mais discutir juntos, numa mesma mesa, o futuro do Partido no Estado.

Hoje, de certa forma enfraquecido, Merisio acumulou alguns desgostosos internamente, que acabarão dividindo opiniões. Alguns ainda podem segui-lo, assim como outros tantos irão para o lado de Colombo e também com o fortalecido presidente da Alesc, Júlio Garcia, que por sua vez, não morre de amores por Merisio.

Enquanto as amarras para decidir o futuro do PSD em SC, estão sendo costuradas por várias mãos, incluindo a do presidente nacional Gilberto Kassab, entre outros, há chances de o Partido aglutinar forças com a filiação de nomes de peso, como Napoleão Bernardes, ex-PSDB, por exemplo.

A verdade é que o PSD quer organizar a casa ainda este ano e preparar gente jovem, mas com experiência para entrar forte nas próximas eleições, a começar pelas municipais. Merisio nesse entremeio, poderá deixar o partido e vivenciar uma nova história no seu novo domicílio eleitoral: Joinville.

Por fim, há conversas de que logo após o Carnaval deputados estaduais e federais deverão avaliar se aceitam ou não a intervenção. Há quem já tenha se posicionado contra, e, se ela acontecer deixará o PSD.

Raimundo na presidência do PSD em Santa Catarina

O ex-governador Raimundo Colombo que esteve de aniversário nesta última quinta-feira (28) deverá assumir a presidência do PSD, faltando apenas oficializar a indicação junto aos deputados estaduais e federais. O padrinho da indicação é o presidente nacional Gilberto Kassab.

A Executiva nacional quer dar uma nova dinâmica ao PSD catarinense. Raimundo Colombo é o indicado para pisar nesta mola propulsora em Santa Catarina.

Esta semana, o atual presidente Gelson Merisio foi avisado pelo próprio Kassab da suspensão da convenção estadual em junho, expirando assim o comando, o que obriga o Partido a eleger uma nova executiva ou uma comissão provisória.

(Foto: Divulgação)