As autoridades competentes e esferas como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Resíduos Naturais Renováveis (Ibama), parecem estar se especializando ao descaso com suas bases avançadas em Santa Catarina.
Um dos exemplos é a de Painel, na Serra Catarinense que, há anos, não tem mais uma função definida, embora continue atuando de forma precária, e sem nenhuma atividade oficial em curso. São quase 20 mil hectares de área que poderiam estar a serviço da comunidade regional.
Desse montante, 1,8 mil m² estão inundados com tanques de água potável, o que poderia manter a criação de milhões de alevinos para o povoamento dos rios de todo o Estado, das mais variadas espécies nativas.
Aliás, a criação de alevinos é que está sendo buscado através de um projeto que pode dar o controle da Base Avançada de Painel, através da Epagri.
Preocupação
Embora não estejam contra que a BAP passe para o controle do Estado de SC, os técnicos dotados pelo IBAMA, e que trabalham e residem da Estação há muito tempo, João Luis Farias Bueno e Willian Rafael Veronezi, questionam o projeto que está sendo apresentado ao Governo, mais precisamente, ao governador Raimundo Colombo.
Eles comentam que nenhum técnico especializado no assunto estivesse em contato com eles para a elaboração do projeto que hoje está em circulação.
Isso quer dizer, que nenhum esteve na BAP. Entendo ainda, que o local precisa realmente ser reativado, mas, desde que o caminho seja correto, ouvindo especialmente os dois funcionários que são especialistas e que conhecem como ninguém todos os cantos da Estação de Piscicultura, instalada na Base Avançada de Painel – SC.
Eles também aguardam a visita do deputado estadual Gabriel Ribeiro, para que possam efetivamente ser ouvidos por alguma autoridade próxima do Governo. Importante, seria se o próprio Governador visitasse o local, antes de fazer o investimento previsto, de R$ 2,5 milhões na Base.
Recuperação de animais silvestres
Além disso, há espaço para a implantação de um Centro de Recuperação de Animais Silvestres (CRAS), com a garantia de tratamento e reintegração, assim que recuperados.
Algo que poderia funcionar a partir de uma parceria com o Centro Agroveterinário da Udesc, em Lages, que por sua vez já cuida dos animais, através de seus professores e acadêmicos, sem custo.
A sugestão é do técnico Willian Veronese que é um dos dois funcionários do Ibama, e que presta serviço à BAP do Ibama.