Jundiá entra cadeia produtiva de peixes na Serra

Além da truta, que já está sendo produzida em grande escala na Região Serrana, e, inclusive, sendo processada industrialmente, na Belo Peixes, em Lages, agora, o estímulo está sendo dado para a criação de jundiás, e ainda a tilápia.

Nesta última quarta-feira (21), acompanhei, na comunidade de Águas Sulfurosas, em Correia Pinto, a solenidade de implantação das chamadas Unidades de Referência Tecnológica (URTs) em piscicultura.

As URTs são propriedades rurais escolhidas pela Epagri para implantação de novas tecnologias. Depois de consolidadas, essas propriedades vão servir de modelo para outros agricultores da região que tenham interesse em conhecer as inovações implantadas, na criação do jundiá.

O bacana em tudo isso é ver a adesão de pequenas propriedades, que estão vendo na produção de peixes uma boa alternativa de renda.

Neste mesmo dia, os piscicultores que fazem parte das URTs, receberam cerca de 50 mil alevinos de jundiá e tilápia, e conheceram os equipamentos adquiridos pela Epagri para auxiliar nos serviços de criação dos peixes e na despesca.

As unidades estão localizadas em Lages, Campo Belo do Sul, Correia Pinto, Anita Garibaldi, Otacílio Costa, e Bocaina do Sul.

O presidente da Epagri, Luiz Ademir Hessmann que prestigiou o evento, acredita que, se as universidades também participassem do processo de fomento à cultura, com suas pesquisas, a produção de peixe na região teria um grande aliado.

Acatruta

O presidente da Acatruta, Vilso Isidoro, que representa a indústria de processamento da carne de peixe, frisou que no início do processo de criação de peixe havia sérios problemas técnicos, além da falta de comercialização.

Hoje, diante dos projetos de incentivos, o objetivo é o de aumentar a produção, incluindo outras espécies, caso do jundiá, além da truta. Atualmente, o vácuo entre o produtor e a indústria não existe mais, facilitando o fomento da produção em toda a região”, afirmou.

Aumenta a produção de truta na Serra Catarinense

Uma atividade que começou a ganhar novo estímulo, há pelo menos seis anos, e agora apresenta crescimento de mais de 30%, é, sem dúvida, um fator significativo para o segmento.

No interior de Painel, produtor está investindo em novos tanques. A produção irá mais do que triplicar.

Refiro-me à produção de truta, na Serra. O estímulo veio com a instalação da indústria de processamento de peixes (Belo Peixes), e, principalmente, a partir da constituição de uma Associação, a Acatruta.

O crescimento, se deve aos investimentos na ampliação dos tanques, de inúmeros pequenos produtores, que encontraram na criação de truta, para expandir a renda nas propriedades.

Outro ponto relevante para o setor, foi a retomada da Estação de Truticultura, em Painel. De lá, a partir de fontes de pesquisa, vão ser facilitadas as condições para a procriação da espécie, com alevinos de qualidade, e sob a responsabilidade da Epagri.

O município de Lages, em especial, deve estar atento ao que ocorre com o setor, para não ter, num futuro muito próximo, em meio à evolução do mercado, problemas sérios e com consequências inesperadas.

Epagri anota as demandas dos piscicultores da Serra

O pessoal da Epagri, responsável pela antiga Base Avançada de Painel (BAP), e que agora se transformou no Campo Experimental de Piscicultura, se reuniu com piscicultores durante todo o dia nesta sexta-feira (20), lá mesmo na Estação ou Campo.

Neste encontro foram colhidas as demandas, as necessidades e as dificuldades para que seja aplicada em sintonia com os produtores, uma linha de trabalho.

A reunião também serviu para que a Epagri reúna informações para a elaboração do Plano Plurianual (PPA 2018-2021).

Com os produtores de truta

Pela manhã, a reunião contou com produtores de truta. E um dos problemas conversados foi a respeito da produção de alevinos da espécie que estão cruzando entre si, o que diminui o vigor dos peixes e a qualidade.

Mas que, com a estrutura que está sendo montada lá no campo, haverá laboratório para pesquisa, e a partir de parcerias, inclusive, com o CAV, e irem busca de soluções como matrizes em outras regiões, e eliminar os parentescos entre os alevinos da truta.

Dedo da Acatruta

E digo mais. Tudo o que está acontecendo de bom para a produção dos peixes na estrutura do Campo Experimental teve o dedo da Associação Catarinense de Truticultura (Acatruta).

Foi a entidade que lançou o desafio e lutou pela conquista, e conseguiu. O presidente Vilso Isidoro ressaltou que o local será um marco para a Região, tanto para a criação de truta, quanto para outras espécies. Como produtor de truta, ele tem agora a certeza de que o projeto vai deslanchar, assim que a estrutura para atuar na melhoria genética, estiver pronta.

Conhecendo a estrutura

Por fim, lembro que a reunião com os piscicultores também serviu para apresentar a todos a estrutura do local, e para dizer que ninguém ficará desassistido. Pois, 4 técnicos darão suporte para o setor nos 18 municípios da Amures. Além disso, a criação de alevinos de espécies nativas poderá começar em breve. É o novo momento para a piscicultura serrana.

Mais renda no campo a partir da piscicultura

As atividades no Parque Conta Dinheiro nesta quarta-feira (11) se concentraram nos últimos detalhes de parte dos expositores, que recebem os visitantes nesta quinta-feira (12). Os portões se abrem às 10 horas.

Mas, nem tudo foi apenas trabalho de organização. Paralelamente, ocorreu o III Seminário Regional de Piscicultura organizado pela Secretaria Municipal de Agricultura e Pesca.

A proposta do evento foi informar que as propriedades rurais, especialmente as pequenas, sejam estimuladas a produzir peixe, e transformar a atividade num forte potencial de renda.

No entanto, a discussão foi além da simples proposta da criação de peixe nas propriedades. A ideia maior é a de alavancar a produção, transformando-a em oportunidade de negócio, com alta rentabilidade, aproveitando o fato de Lages possuir uma indústria de pescados, e que carece de matéria-prima.

O próprio prefeito Antonio Ceron, que acompanhou parte das explanações,  entende que o campo precisa criar novas alternativas de produção, e a atividade com o peixe pode estar atrelada a outras culturas. Para tanto, o Município será parceiro ao estímulo à criação de peixes e fazer com que as propriedades tenham as adaptações necessárias para a produção.

Serra terá garantia na produção de peixes

A assinatura do convênio de comodato para gerir por 25 anos a Estação de Piscicultura de Painel (Base Avançada de Pesquisa, entre o Governo do Estado e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), nesta sexta-feira,01/09, junto à sede da BAP, foi muito comemorada pelos integrantes da Associação Catarinense de Truticultores (Acatruta).

Há mais de três anos, a ideia de absorver a desativada Estação de Piscicultura foi requerida pela entidade.

Conforme disse o presidente Vilso Isidoro, a partir de agora deverá ser colocada em prática a proposta  de transformar o local em um centro tecnológico na produção de alevinos de truta e de outras espécies.

A Unidade será gerida pela Epagri de Lages. Porém deverá contar com o envolvimento de todos os municípios da Amures, além da participação do CAV/Udesc e da Uniplac. A

s parcerias deverão resultar na disponibilização de conhecimento a quem quiser participar efetivamente de um plano de produção de peixes na região.

Conforme ressaltou o governador Raimundo Colombo, assim que for feita a manutenção adequada do local é preciso fazer com que a Unidade propicie mais uma alternativa de renda aos produtores da região, inclusive, criar novas oportunidades de trabalho e transformar a atividade em renda complementar.

Lembrou que Lages conta com uma indústria de processamento de carne de truta (Belo Peixes), e que este convênio materializa a oportunidade de desenvolver ainda mais o setor.

Fotos: Marcelo Pakinha e Greik Pacheco)

Epagri irá gerir a Estação de Piscicultura

Finalmente chegou o dia em que a Base de Avançada de Pesquisa (BAP), de Painel, ou Estação de Piscicultura terá a destinação há muito tempo pensada, depois que o Ibama a desativou.

Foi um longo período de conversação entre o Governo do Estado e o pessoal  do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis chegassem a um entendimento.

Nesta sexta-feira (1/09), em solenidade lá na Estação, os representantes do Ibama vão oficializar a entrega ao Governo, inclusive, Raimundo Colombo é quem vai receber a área que será entregue ao controle da Epagri.

No local, investimentos para a adequação serão necessários. E tão logo comece a funcionar, passará a ser nova referência em Santa Catarina, na produção de alevinos de peixes nativos, e principalmente a truta, que hoje tem sustentação a partir da indústria de processamento Belo Peixes.

Aliás, a luta para a conquista do espaço teve início através da entidade que representa os criadores de truta em Santa Catarina, a Acatruta.

Uma grande conquista, sem dúvida.  A solenidade está marcada para às 10h30min, da sexta-feira, com as presenças também dos prefeitos de Lages e de Painel, entre outras autoridades.

(Foto: Paulo Chagas)

Base de Painel será administrada pela Epagri

A luta da Associação Catarinense de Truticultura (Acatruta) está perto de ser compensada. É que, em breve, o Ibama deverá encaminhar para Santa Catarina, a documentação que vai consolidar o convênio com o Estado, por 25 anos, para, em comodato, para a Epagri administrar a Estação de Piscicultura de Painel.

O processo, de parte do Estado, já conta com a assinatura do governador Raimundo Colombo.

Assim, em breve, uma reunião em Lages deverá dar os encaminhamentos para ajustar o acordo, e ver o que será necessário, atém mesmo, recursos para assegurar a exploração do local, em Painel.

Tudo em conjunto com parceiros como as prefeituras de Lages e Painel, além do CAV/Udesc.

A Base Avançada de Painel deverá ser transformada num centro tecnológico para a criação de alevinos de truta e outras espécies.

Venda da carne de peixe sem fiscalização

Depois do que aconteceu a partir da operação Carne Fraca, o mercado do peixe sem fiscalização despertou a preocupação de quem lida no setor regularmente.

A Serra Catarinense, por exemplo, é forte produtora de inúmeras espécies, e muitas delas fazem parte do cardápio em restaurantes ou vendidas a pequenos comércios, já abatidas, sem que se saiba a procedência ou em que condições acontecem os abates. O peixe vendido vivo é diferente.

A preocupação vem da Associação Catarinense de Truticultores (Acatruta). Para a entidade, o dever da fiscalização recai à Vigilância Sanitária.

O ponto a ser observado é a qualidade do peixe comercializado em todo o Estado, sendo que boa parte é vendida de forma clandestina, e acaba também sendo uma concorrência desleal com os supermercados estabelecidos.

A ponderação da entidade é para que a fiscalização deva ocorrer regularmente, a fim de evitar que haja qualquer complicação na hora do consumo.