A casa sustentável e algo mais

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Sou uma pessoa muito integrada às causas ambientais, e, qualquer iniciativa envolvendo a área, tem meu apoio.

casa

A casa ecológica, apresentada nesta sexta-feira (30), não é uma ideia nova, e poderia já ter sido lançada há muito tempo. O ato de hoje teve seu propósito. Espero que não fique apenas na primeira. Mas, é uma iniciativa que merece destaque.

Por outro lado, como conhecedor das necessidades sustentáveis de Lages, não vi neste segmento nenhum avanço que devesse aqui, exaltar, na administração de Elizeu, a não ser muita faxina e plantio de flores. Questões consideradas simples obrigações.

Então vejamos. Poucos sabem, mas Lages tem menos de 10% de cobertura vegetal na área urbana. Observem as ruas, 90% delas, peladas, sem o verde das árvores. No horto, nenhum plano para o cultivo de mudas de árvores nativas ou frutíferas.

O Parque Ecológico, a administração do ex-prefeito Renatinho, deixou a obra de um centro administrativo, semiacabado, porém, terminado nesta administração, mas, sem a continuidade do verdadeiro propósito. Nem o mobiliário adquirido com recursos do Conselho Municipal de Meio ambiente, foi instalado para servir de apoio à educação ambiental.

Além disso, a ideia de transformar o Parque num ponto de turismo ecológico e um centro de referência para o passeio de alunos e populares ficou só no plano, com raras visitações. Pois, não havia quem conduzisse em condições estruturais ideais o trabalho naquele espaço.

O Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos também não andou. Dinheiro com terceiros foi gasto para a elaboração dele, mas sem finalização. Ninguém cobrou, nem mesmo eu. As questões ambientais são assim, sempre deixadas de lado, e com pouca atenção.

E o projeto de transformar a Secretaria numa Fundação Municipal de Meio Ambiente? Ficou também pelo caminho.

Não posso também deixar de falar da falta de estrutura às cooperativas de reciclagem. Os cooperados trabalham como podem, sem o devido acompanhamento do Município.

Haveria muito mais a exemplificar, como o fato de nunca ter acontecido sequer uma campanha de plantio de árvores na cidade.

Numa próxima administração, quem sabe, as coisas aconteçam como realmente devem acontecer. Afinal, o meio ambiente precisa definitivamente ser tratado por inteiro.

Até mesmo o Projeto Vida e Natureza foi completamente deixado de lado. A parceria foi lhe negada. Mas, como a roda gira, quem sabe algo novo possa reavivar o trabalho do Município, pelos verdadeiros projetos ambientais para Lages, em conjunto com as iniciativas privadas e em escolas que, aliás, foram as únicas que tiveram avanço prático.

Por fim, independente de quem seja o prefeito em 2017, irei estar bem mais atento às necessidades ambientais de Lages.

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